VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 1081

Samuel não estava realmente zangado, ele sabia que a família de Lívia tinha suas reservas quanto a ele, não é?

Era um fato que ele tinha falhado no passado, e era normal que os mais velhos lhe dissessem algumas palavras a respeito.

Ele apenas se sentiu um pouco ferido quando Lívia o empurrou sem hesitar, isso fez com que ele sentisse que nunca havia conseguido realmente agradá-la.

Ela parecia estar sempre pronta para se separar dele, e ele até mesmo temia que a insistência de sua família os forçasse a terminar.

Lívia também seguiria sem hesitar os arranjos de sua família para se separar dele, e mais ainda, se sua família escolhesse alguém para ela se casar, ela obedeceria...

Pensando nessa possibilidade, Samuel sentiu um frio percorrer seu corpo, precisando desesperadamente de alguma prova de que ela realmente se importava com ele.

E agora, vendo a mulher parada à sua frente, com o rosto tenso e sério tentando confortá-lo, as preocupações e o pânico de Samuel começaram a se dissipar lentamente.

Ele envolveu a cintura dela com os braços, de repente baixou a cabeça, a beijou, dando pequenos beijos antes de pressionar seus lábios contra os dela e dizer.

"Eu não tenho confiança, minha namorada, você precisa me dar um pouco de confiança."

"Como posso dar?"

Lívia respirava levemente, seus olhos já turvos pela intensa presença do homem.

Samuel beijou-a suavemente nos lábios novamente, "Diga que me ama..."

Lívia, quase instintivamente, sorriu levemente e disse suavemente, "Eu te amo..."

Seu sussurro delicado foi capturado em um beijo profundo por ele, até que ele a levantou e recuou para se sentar no sofá, permitindo que ela se sentasse em seu colo para um beijo mais profundo, Lívia então vagamente pensou.

Isso não está certo, a falta de confiança de Samuel em ganhar a aprovação de seu avô, o que dizer que ela o ama tem a ver com isso?

Numa fábrica abandonada nos arredores, no porão escuro e úmido.

Ao lado de uma parede manchada havia um tanque cheio de água suja, e no meio do tanque, uma mulher estava presa por cordas em uma estrutura.

A mulher estava de pé na água, que chegava até sua cintura, mas suas mãos estavam amarradas e erguidas, presas à estrutura de cada lado, seu cabelo estava solto e seu rosto, pálido.

Todo o seu corpo estava molhado, e ela murmurava.

"Eu errei... por favor, me deixe ir, eu não ousarei mais..."

"Não ousará mais? Não ousará o quê?"

Uma voz um tanto áspera soou, enquanto um homem alto parava ao lado do tanque, retirando o cigarro de sua boca e soltando a fumaça, perguntou com sarcasmo.