VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 152

"Não vai soltar?" Samuel lançou um olhar de escárnio para Lívia.

Lívia sentiu-se um pouco constrangida, mas como Hélder havia dito, ela acabou por soltar a mão.

Quando Hélder saiu, Lívia deitou-se novamente na cama do hospital.

Ela virou-se de costas para Samuel, até mesmo sua silhueta exalava resistência.

A expressão de Samuel tornou-se mais sombria, e a presença da senhora idosa ao lado, que não parava de fofocar, somente aumentava sua irritação sem motivo.

O homem ergueu a mão e puxou rapidamente a cortina que separava as duas camas de hospital.

A senhora idosa resmungou, "Que temperamento horrível. De que adianta ser bonito se até a esposa quer o divórcio? Nem se compara ao jovem que acabou de sair."

Samuel sentiu um frio ainda maior invadir seu ser, mas como se tratava de uma idosa doente, ele não iria se aborrecer.

Quando Gilberto retornou, Samuel ordenou, "Arranje um quarto particular."

Antes que Gilberto pudesse se mover, Lívia, que estava na cama, levantou-se ligeiramente para recusar.

"Não preciso, vou ficar apenas uma noite, amanhã já recebo alta."

Não era nada grave, a febre havia baixado com a medicação e, provavelmente, ela estaria melhor no dia seguinte.

Hélder, sempre tão desatento, havia ido buscar os resultados dos exames, e Lívia aproveitou para pedir ao médico que considerasse sua gravidez ao prescrever qualquer medicamento.

Mas Samuel, sempre perspicaz, não era fácil de enganar.

Lívia temia que ele insistisse na troca de quarto e na consulta de um novo médico, revelando seu segredo.

"Você não vai descansar bem aqui." Samuel discordou, lançando outro olhar para Gilberto.

Lívia, então, ficou ansiosa, "Está preocupado que eu não descanse bem ou é o Sr. Paiva quem está incomodado? Se é insuportável para Sr. Paiva, então, por favor, deixe-me, não preciso de cuidados, posso me ficar sozinha!"

Ela estava visivelmente agitada, fazendo com que Gilberto olhasse para Samuel.

"Presidente?"

"Você pode sair."

Ela puxou a mão dele para longe, "Mesmo que eu fique louca, prefiro me enforcar a ser um fardo para você."

Samuel zombou, "Nunca vi um louco se enforcar, você ainda é mais confiável dependendo de mim."

Lívia engasgou, sentindo que não seria a febre a matá-la, mas sim a irritação.

Felizmente, uma enfermeira entrou naquele momento para aplicar o soro, e Lívia colaborou. A enfermeira disse:

"Não adicionamos antipirético, o familiar deve ficar atento à febre e monitorar a temperatura. Se não baixar em uma hora, chame imediatamente."

Samuel estreitou os olhos para a enfermeira, "Por que não adicionaram o antipirético?"

Obviamente, isso se devia ao fato de Lívia estar grávida, e antipiréticos deveriam ser evitados se possível.

Lívia sentiu um aperto no coração, observando nervosamente a enfermeira, preocupada.

A enfermeira, confusa com a reação de Samuel, pensou: este homem é incrivelmente bonito, mas como pode não saber que grávidas não podem tomar qualquer antipirético?

"Sua esposa..."