VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 226

Lívia olhou para Glória, mas não percebeu que, ao seu lado, Samuel também baixava o olhar para ela, com uma expressão raramente surpresa.

Enquanto isso, Glória franzia a testa e mordia os dentes ao olhar para Lívia, com um rosto cheio de ironia e surpresa.

Essa pergunta de Lívia, como se ela realmente não soubesse nada sobre isso?

Não, Lívia estava definitivamente fingindo.

Gloria disse sarcasticamente: "Pare de fingir com essa cara de santa! O irmão Martim é o novo queridinho da Cidade A, Sr. Martim. Há quatro anos, o irmão Martim sofreu um acidente de carro que deixou suas pernas incapacitadas, e a Sra. Faria procurou a família Paiva para pedir a mão do irmão Martim em casamento. Você está me dizendo que não foi porque queria evitar esse casamento que você drogou o irmão Samuel para se deitar com ele..."

"Chega!" - Samuel interrompeu Glória em tom grave, sinalizando para os seguranças se aproximarem.

Glória foi arrastada pelos seguranças para dentro da mansão, enquanto Samuel passava o braço pelos ombros de Lívia.

"Se você não precisa do pedido de desculpas dela, vamos embora."

Lívia estava confusa, franzindo a testa, seguindo Samuel para fora quase que por instinto.

Na sala, Glória, puxada pelos seguranças, estava com o rosto cheio de ansiedade e pânico, gritando em alto e bom som.

"Irmão Samuel, você vai me manter aqui? Irmão Samuel, não vá embora! Lívia, volte, não basta eu pedir desculpas? Deixe-me ir, por quanto tempo você vai me manter aqui, você quer me fazer passar fome? Mesmo que me mantenha aqui, pelo menos me dê algo para comer!"

Um dos seguranças fez Gloria se sentar no sofá e perguntou:

"Senhorita Gloria, gostaria de comer alguma coisa?"

"Claro, não como há um dia e uma noite, agora estou tonta e minha visão está embaçada! Como você ainda se lembra de que sou a senhorita da família Paiva, trate-me bem. Mesmo que o irmão Samuel esteja com raiva e queira me castigar, mantenha-me aqui para refletir, pois o irmão Samuel acabará me liberando. Quero costelinha bêbada do Maré Cheia, frango assado, pé de porco cristalizado do Tempero do Douro, macarrão... Eles vão comprar para mim agora!"

Glória listou cerca de dez pratos de sete ou oito restaurantes ao mesmo tempo, ordenando que os seguranças fossem embora.

O segurança deu um sorriso forçado: "Srta. Glória, por favor, espere um momento."

Quando eles saíram, Glória, balançando as pernas e segurando o estômago que roncava, esperou.

Afinal, o que Lívia poderia fazer? Ela, a única herdeira da Família Paiva, como Samuel poderia realmente fazer algo contra ela?

Os seguranças certamente tinham medo de que algo acontecesse com ela, por isso tinham que preparar comida e bebida. E quanto a Irmão Samuel, depois de ouvir tantas coisas ruins sobre Lívia, certamente estaria repreendendo-a agora e logo viria soltá-la.

Outro segurança se aproximou com a primeira garrafa de molho de pimenta.

Um deles segurou Glória, enquanto o outro forçava sua boca a abrir e despejava o molho de pimenta goela abaixo.

Em um instante, Glória sentiu uma dor aguda desde os lábios até o estômago, torcendo-se de dor, engasgando e chorando copiosamente.

Samuel, para se vingar de Lívia, a submetera a tal tortura!

Glória sentiu uma raiva intensa, misturada com um medo profundo.

No carro, o clima era tenso.

Samuel não permitiu que o motorista entrasse, Lívia permaneceu rígida, torcendo os dedos, com as palavras de Glória ainda ecoando em sua mente.

Ela olhou para o homem ao seu lado: "Há quatro anos, a família Faria realmente propôs casamento à família Paiva?"

Samuel também fixou seu olhar profundo e escuro em Lívia: "Sim. Você realmente não sabia disso?"