VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 261

Lívia Cabral descobriu, de forma trágica, que mesmo mantendo uma aparência calma e indiferente, ao ouvir Samuel Paiva dizer tais palavras, seu coração ainda pulsava aceleradamente e ela fantasiava que talvez Samuel a amasse.

Mas rapidamente ela mordeu o lábio, voltando à realidade.

Ela pensou amargamente que tudo não passava do desejo possessivo de Samuel.

Mesmo sendo a ex-esposa, a mulher que ele havia rejeitado, ele não queria que outros a tivessem.

Ele sempre foi esse tipo de homem autoritário, e sua posição só reforçava essa sua postura. Na verdade, suas palavras não tinham nada a ver com amor.

Se ela levasse a sério, seria realmente ridículo.

No entanto, a atitude de Samuel fazia Lívia preocupar-se se conseguiria viajar para o exterior sem problemas amanhã.

No quarto.

Velha Sra. Paiva ficou em silêncio por um instante, e depois riu ironicamente.

A senhora de elegância vitalícia acabou proferindo palavras rudes, "Absurdo! Estão se divorciando, e você ainda quer impedir a felicidade de Lívia, atrapalhar a vida dela? Você está ouvindo as barbaridades que diz? Saia, saia daqui!"

A senhora levantou seu cajado, perseguindo Samuel e batendo nele novamente.

O barulho vinha em direção à porta, e Lívia, instintivamente, abriu a porta do quarto.

Justo quando Velha Sra. Paiva golpeava em sua direção, Samuel desviou, e o cajado caiu do céu diretamente em direção ao rosto delicado de Lívia.

Lívia fechou os olhos de medo, mas a dor esperada não veio.

Seu corpo delicado foi envolvido nos braços familiarmente quentes e protetores do homem.

O som abafado do golpe do cajado soou, e os lábios finos do homem tocaram o pescoço de Lívia, soltando um murmúrio.

O calor e o som do murmúrio envolveram sua orelha, provocando uma sensação de cócegas.

As orelhas de Lívia imediatamente ficaram vermelhas de forma inoportuna.

"Você está bem?"

Ela imediatamente se afastou de Samuel, preocupada.

Ela não sabia onde a senhora havia acertado Samuel, preocupada que fosse na cabeça.

Mas, como temido, Samuel segurava a parte de trás da cabeça, parecendo um pouco dolorido.

Ele disse isso e seu corpo balançou um pouco, encostando seu rosto no abdômen de Lívia e envolvendo sua cintura com os braços.

A suavidade do rosto do homem contra seu abdômen transmitia uma sensação peculiarmente íntima e carinhosa.

Era o momento em que Samuel estava mais próximo do bebê.

Lívia ficou completamente imóvel, como se estivesse sob um feitiço, sem conseguir falar, respirando o mais suavemente possível.

"Você... não está com concussão, está?"

"Não descarto essa possibilidade. Que tal me ajudar a ir para a cama e ficar comigo por um momento?"

Samuel esfregou sua testa contra o abdômen de Lívia, com uma voz suave.

Lívia suspeitava que o homem estivesse fazendo manha, porque ele agia exatamente como Renato, insistindo em ficar com ela por uma noite.

Lívia olhou mais uma vez para a cabeça escura do homem, franzindo a testa em desgosto.

"Está bem, vou ajudá-lo a levantar-se."