VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 328

Claro, não havia mais ninguém além dele.

Mas antes que ela pudesse pensar mais, a dor na parte inferior das costas, onde ela havia sido atingida, foi intensificada pela pressão repentina que ele aplicou.

"Ah..."

Lívia mostrou uma expressão de dor, soltando um leve gemido.

"O que foi?" Samuel mudou sua expressão imediatamente.

Lívia apoiou a mão na parte inferior das costas: "Eu acabei me batendo na borda da mesa do quarto do hospital."

A expressão de Samuel mudou radicalmente, perguntando com urgência.

"Você bateu? Está doendo muito? Há algum outro lugar que esteja ruim? Por que você não me disse nada até agora?"

O homem se abaixou e imediatamente pegou Lívia no colo, caminhando rapidamente em direção ao elevador.

Lívia ficou assustada com sua ação, falando apressadamente.

"Coloque-me no chão! Você também está machucado, não precisa fazer isso, só está doendo um pouco onde eu bati em você, não é dor de barriga, estou muito bem!"

Mas era ele quem estava machucado, com um corte no abdômen.

Era estranho que o corte não se abrisse com tanto esforço.

Lívia estava desesperada, e somente depois que Samuel confirmou várias vezes que ela estava realmente bem, ele a colocou no chão.

De volta ao quarto do hospital, a ferida de Samuel realmente não estava boa, a cor do sangue tinha manchado a bandagem.

Ao desfazer o curativo, Lívia finalmente viu o corte de faca, que mesmo costurado, estava horrível, tão longo e profundo, dava para imaginar quanta sangue tinha sido perdido.

Seus olhos se encheram de lágrimas, a dor em seu coração era insuportável.

"Sr. Paiva, o senhor tem um tipo sanguíneo raro e, mesmo com a reserva de sangue do hospital, o senhor se recusa a usá-la, preferindo deixá-la para aqueles que mais precisam, então, por favor, cuide mais de si mesmo!"

O médico terminou de tratar o ferimento, tirou as luvas e disse com uma expressão séria.

Lívia assentiu, olhando para Samuel com desaprovação, mas, no segundo seguinte, a repreensão recaiu sobre ela.

O médico olhou para ela: "Sra. Paiva, vocês precisam cooperar, sei que são um casal jovem e apaixonado, mas é necessário moderar nas atividades físicas intensas."

Lívia não entendeu de imediato, acenando com a cabeça, mas logo percebeu que algo estava errado.

Atividades físicas intensas?

Casal jovem e apaixonado? Moderação?

Quando se lembrou de que o médico que abrira a porta do quarto e os vira se beijando era o mesmo, Lívia entendeu o mal-entendido.

Lívia não terminou de falar quando sentiu uma sensação quente e macia na região machucada de sua lombar.

Era um beijo de Samuel, gentil e cheio de carinho, e ao perceber isso, uma onda de formigamento se espalhou por todo seu corpo a partir da espinha.

O rubor que havia diminuído em seu rosto começou a se espalhar novamente.

Envolvida nessa atmosfera ambígua, foi então que o inesperado aconteceu novamente, a porta do quarto se abriu de repente.

"Irmão Samuel, assim que voltei, soube que você estava ferido, vim ver como você estava..."

Junto com a voz na porta, o rosto de Lívia perdeu a cor e ela se levantou abruptamente, puxando suas roupas.

Mas ela se levantou tão rápido que, sem que Samuel estivesse preparado, ela acabou batendo com força no nariz levantado dele.

"Ai!" O homem soltou um gemido abafado.

Lívia se virou e viu Samuel segurando o nariz, e debaixo do seu nariz reto havia um traço de sangue.

Ela tinha causado um sangramento nasal.

A mente de Lívia ficou em um caos, buscando freneticamente por lenços de papel, enquanto Samuel, com uma expressão sombria, pegou o copo de água em cima da mesa e o jogou em direção à porta.

"Saia daqui!"