VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 38

Lívia já estava determinada a divorciar-se, agora que lhe ofereceram dinheiro, ela não tinha motivo para não aceitar.

Assim que Lívia aceitasse esse dinheiro, independente de se divorciar ou não, Samuel, que não tolerava desaforo, sentiria como se Lívia tivesse cravado um espinho no seu coração.

Luciana balançou a cabeça: "Vamos falar mais sobre isso no carro."

O coração de Neva Vargas esfriou naquele instante, ela pensou que, dado o carinho e gratidão que Lívia tinha por Luciana, Lívia não conseguiria recusar seu pedido.

Ingrata, ela realmente era uma ingrata!

Quando o carro começou a andar, as lágrimas de Neva Vargas começaram a cair copiosamente, e ela atirou-se nos braços de Luciana.

"Mamãe, não me importo que a irmã fique zangada e me dê um estalo, mas a minha barriga está a crescer a cada dia que passa, e o Samuel, pensando na Velha Sra. Paiva, se recusa a se divorciar.

Como posso suportar que o meu filho cresça a ser apontado por todos? Eu tive uma infância tão infeliz, não quero que meu bebê também venha ao mundo só para enfrentar a escuridão da vida..."

O coração de Luciana se partiu, e ela acariciou Neva Vargas.

"Fique tranquila, mamãe vai garantir que você consiga o que deseja."

Ela levou Neva Vargas de volta ao quarto do hospital, e só saiu depois de conseguir que Neva Vargas adormecesse. Então, pegou no telefone e fez uma chamada, sorrindo.

"Que tal sairmos para tomar um café quando você estiver livre?"

Noite.

Depois de tomar banho, Lívia contou o seu dinheiro mais uma vez, franzindo a testa.

Apesar de todo o esforço, a velocidade com que as pessoas comuns economizam dinheiro é realmente lenta, sempre se gasta mais do que se poupa.

Mal conseguiu economizar trezentos mil, quem diria que a Senhora da Família Paiva estaria tão pobre.

Lívia pensou, triste, que, na verdade, trocar o desgraçado do marido por cinco milhões até que não seria um mau negócio.

Depois de arrumar as coisas, Lívia estava pronta para dormir quando seu celular tocou.

Susana já estava dormindo, e Lívia, preocupada em não a acordar, atendeu rapidamente a chamada e foi para a varanda.

"Senhora, parece que a ferida do presidente inflamou e ele está com febre. Fui enviado numa viagem de negócios e não posso voltar. A senhora poderia ir até a Residência Horizonte Azul para ver como o presidente está?"

Era Gilberto.

Lívia franziu a testa: "E a Laura? Laura pode cuidar dele."

"Não consigo entrar em contato com a Laura. Por favor, senhora, vá lá ver o presidente. Neste momento, ninguém está a atender o telefone dele, não sei se ele desmaiou de febre."

Gilberto soava muito preocupado, e Lívia também começou a ficar preocupada.

Ela desligou e tentou ligar para Laura e Samuel, mas realmente ninguém atendeu.

Lívia não ousou perder tempo, trocou de roupa rapidamente e foi para a Residência Horizonte Azul.

Quando ela entrou no hall, a mansão estava completamente escura, sem sinais de vida, como se ninguém morasse ali.

Lívia começou a suspeitar que Gilberto tivesse se enganado de endereço, que Samuel não estava ali.

No segundo seguinte, foi fortemente puxada pelo homem, perdendo o equilíbrio e caindo sobre ele, com a lombar firmemente presa em sua mão.

A temperatura excessivamente alta do homem queimava Lívia, que se enrijeceu instantaneamente.

"Se eu chamar por mãe, você ousa responder?!"

Samuel falou, a sua voz rouca pela doença soando ameaçadora no ouvido de Lívia.

Internamente, Lívia pensou que devia tentar responder, mas não se atreveu a dizer em voz alta, apenas se moveu e falou.

"Você está com febre, solte-me, que eu vou buscar remédio para você."

Mas Samuel não a soltou, esfregando a testa contra o pescoço dela e disse.

"Você ainda sabe como voltar!"

Havia um tom de irritação em sua voz, mas, estranhamente, Lívia também detectou um traço de ressentimento.

Seu coração se amoleceu, e ela murmurou.

"Você não tomou aquele golpe por Neva Vargas; seria melhor deixá-la cuidar de você... Ah!"

O homem mordeu a sua orelha levemente, a temperatura quente e úmida envolvendo o frescor da orelha de Lívia, fazendo-a emitir um leve gemido, tremendo.

Samuel soltou seus lábios finos e riu roucamente ao lado do ouvido dela.

"Você é uma tola, acredita em tudo que dizem?"