VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 40

Era algo que Samuel tinha trazido quando ela tinha nove anos, Lívia não se lembrava mais por que estava chateada naquela ocasião, apenas que Samuel a levou para tentar ganhar brinquedos em uma máquina de pegar pelúcias, e acabaram por gastar mais de duzentas moedas sem conseguir agarrar apenas um peluche.

Lívia gozava com a falta de habilidade do irmão, enquanto Samuel argumentava que a configuração de probabilidade da máquina era muito baixa, não estando relacionado com a habilidade.

Lívia não queria ouvir, e no dia seguinte, um irmão com um forte desejo de vitória trouxe para casa uma dessas máquinas, agora com a probabilidade de ganhar ajustada para cem por cento.

Em pouco tempo, Samuel conseguiu pegar para Lívia um brinquedo do tamanho de um sofá. Lívia ficou feliz por dentro, mas por fora reclamava que o seu irmão tinha tornado a máquina de pegar pelúcias, que ela tanto amava, menos divertida.

Mais tarde, Samuel criou um pequeno programa de probabilidade no seu telefone, permitindo-lhe alterar as chances a qualquer momento.

Desde então, essa máquina tornou-se um Doraemon exclusivo de Lívia.

Quando estava triste, ela ia lá tentar, talvez encontrasse algum consolo.

Quando estava feliz, também tentava, quem sabe uma pequena surpresa cairia.

Quando o seu aniversário estava se aproximando, ela ficava ainda mais excitada, rodeando a máquina todos os dias, na expectativa do que poderia sair dali.

Depois de se casar e de se mudar para a Residência Horizonte Azul, Lívia não levou nada consigo, exceto essa máquina.

Quatro anos depois do seu relacionamento com Samuel se deteriorar, ela não tinha retirado mais nenhum presente da máquina.

Por isso, Lívia não esperava que Samuel tivesse escondido o presente deste ano ali.

Ela se agachou e tocou embaixo da máquina, encontrando, de fato, várias moedas de jogo personalizadas.

Meia hora depois, o chão ao redor de Lívia estava coberto de caixas de presente, das quais apenas quatro continham algo dentro.

Um anel de casamento, brincos, que Samuel provavelmente tinha colocado lá recentemente.

Os outros dois eram presentes de aniversário e de aniversário de casamento.

Um relógio de diamante muito caro e uma mini câmera. Lívia abriu a câmera e encontrou um vídeo de aniversário.

Era uma mensagem de encorajamento e felicitações do seu ídolo, o mestre da música do País M, Cash.

O mestre tinha setenta e oito anos e já fazia tempo que não aparecia em público.

Samuel deve ter se esforçado para conseguir essa mensagem de aniversário, Lívia abraçou a câmera, emocionada com o incentivo do seu ídolo e também com um sentimento de comoção e agitação que não conseguia acalmar.

"Porque você também está aqui? Irmão Samuel disse que você já se tinha mudado, me pediu para cuidar dele... Sinto muito, se soubesse que você voltaria, não teria vindo."

O sangue de Lívia corria em sentido contrário, as suas mãos tremiam enquanto seguravam o vaso.

A amante de Samuel, assim, fazia sua entrada triunfal.

Quando estava despreparada e até cheia de alegria, como um balde de água gelada despejado sobre o seu coração ardente, rasgando uma ferida sangrenta.

"Como você entrou?!" ela perguntou.

Neva Vargas sorriu: "Eu só poderia entrar se alguém me desse a senha, né? Nunca imaginei que a senha seria a minha data de nascimento."

Este era o lar de Lívia e Samuel após o casamento, a senha foi configurada por Samuel, Lívia sempre pensou que era sua data de nascimento e o aniversário de casamento deles, mas naquele momento, ao ouvir Neva Vargas, percebeu que também poderia ser a data de nascimento de Neva.

O coração de Lívia estava prestes a explodir, a sua mente estava a zumbir. Neva Vargas, no entanto, ainda não estava satisfeita e continuou: "Aliás, irmã, o Irmão Samuel não gosta muito dessa marca de preservativos, não são suficientemente finos e o toque não é tão bom, mas você e o Irmão Samuel usam sempre proteção? Vocês têm um estoque tão grande."

Dizendo isso, Neva Vargas tirou mais uma caixa de preservativos da gaveta e balançou em frente a Lívia.