VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 423

O olhar de Samuel era intensamente sério, Cíntia era a falsa Olivia, e até o momento apenas quatro pessoas sabiam disso.

Ele, Roberto Duarte e Cíntia, e...

Lívia.

De onde veio a informação da Sra. Lacerda?

"Vamos lá, diga logo, como você soube? Quem lhe contou isso tem o coração maldoso!"

Roberto Duarte estava furioso.

Samuel exalava uma aura poderosa, e Mariana ficou visivelmente assustada, falando de forma atropelada.

"Ontem à noite, alguém deslizou uma carta por baixo da porta da minha casa, estava escrita assim..."

A Família Duarte não tem outros parentes próximos.

E o filho dela era o único sobrinho-neto da Sra. Duarte, que durante esse tempo todo permanecia fiel ao lado do leito, cumprindo seu dever filial.

Se Olivia era uma farsa, então o direito de herança do filho dela estava garantida, e era natural que mãe e filho não pudessem conter-se em revelar isso.

"Mostre-me a carta." Roberto Duarte franziu a testa e estendeu a mão.

Mas nesse momento, os médicos concluíram os procedimentos de emergência.

Roberto Duarte e Samuel não podiam mais pressionar por respostas, voltando sua atenção para lá.

Lívia sentiu a tensão em Samuel e levantou a outra mão, segurando a dele com ambas as mãos, oferecendo conforto silencioso.

Ela também não queria que algo ruim acontecesse à Sra. Duarte, apesar de Sra. Duarte não ser amigável com ela.

"Ela se recuperou da emergência, mas não pode mais sofrer estímulos fortes como esse."

Felizmente, quando o médico apareceu, trouxe um semblante aliviado, anunciando boas notícias.

Depois que o médico saiu, eles então entraram no quarto do hospital.

"Marta, como você está? Desculpe-me por ter mentido para você sobre a Olívia..."

Roberto Duarte inclinou-se para segurar a mão da Sra. Duarte, com uma voz carregada de peso.

A Sra. Duarte, após outra batalha entre a vida e a morte, já não tinha forças para falar, apenas abria a boca emitindo sons fracos.

Roberto Duarte teve que se inclinar para ouvir claramente, depois levantou a cabeça e olhou imediatamente para Neva, que estava ao fundo.

"Neva, venha aqui."

"E aquela carta que você mencionou?"

Ao sair, Roberto Duarte imediatamente pressionou Mariana novamente.

Mariana retirou do bolso uma folha de papel dobrada e a entregou, Roberto Duarte a desdobrou, vendo a caligrafia, de repente franzindo a testa e dizendo.

"Samuel, essa escrita se parece com a sua, mas a força do traço é um pouco mais fraca, parece delicada, quase como se uma mulher a tivesse copiado, veja você mesmo."

Ele entregou a carta a Samuel.

Samuel soltou a mão de Lívia e avançou para receber o papel.

Lívia, por sua vez, sentiu um aperto no coração, um pressentimento ruim.

Como esperado, logo Neva falou: “A caligrafia é como a do Irmão Samuel, e é de mulher, não seria a letra da irmã?”

Lívia sabia que os dias de paz não durariam, mas não imaginava que a tempestade chegaria tão rápido.

Parecia que estava tudo esperando por ela ali.

O que mais ela poderia não entender sobre a situação?

Ela apertou levemente o punho e levantou os olhos para Samuel, elevando a voz.