VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 46

"Não foi você que disse para eu escolher à vontade? Eu escolhi, o que você tem a ver se é para usar ou para esbofetear certas pessoas sem vergonha? Como é, não se lembra da dor da última vez?"

Neva Vargas de repente se lembrou das marcas que Lívia tinha feito no seu corpo com um espanador, levando uma semana para desaparecer. Ela deu um passo para trás, com uma expressão desagradável no rosto.

Susana pegou imediatamente num sapato e o balançou com força.

"Você acredita que esses sapatos têm mesmo um bom retorno, bater no seu rosto de gente sem vergonha com isso deve ser bastante satisfatório."

Neva Vargas encolheu-se de medo, enquanto Glória, furiosa, avançou.

"Estão a chamar quem de sem vergonha aqui!?"

"Quem se identificar que se acuse, porquê ainda perguntar?" Susana revirou os olhos.

Glória, fervendo de raiva, estava pronta para agir, mas Neva Vargas a segurou.

"Deixa pra lá, Glória, se minha irmã não aprecia minha boa vontade, vamos continuar a comprar bolsas do outro lado, escolha algumas que eu te dou de presente."

Ela puxou Glória para se virarem, mas Susana não conseguiu resistir e disse baixinho para Lívia.

"Ela é uma espécie de anjo da guarda financeiro ou apenas uma tola rica, que não pode viver sem dar presentes?"

Lívia deu de ombros, mas Glória, ao ouvir isso, virou-se e disse com o queixo erguido.

"Você não sabe de nada! O Irmão Samuel veio inspecionar o shopping hoje, e já estava acordado que qualquer coisa que Neva quisesse, ele pagaria. Não são apenas algumas bolsas, se Neva escolher um carrinho inteiro, eu ainda posso dar de presente."

Caramba!

Esse Samuel, nem mencionou pagar as despesas quando viu Lívia.

Incrível, o dinheiro não é gasto com a esposa, mas com quem bate na cara dela?

"Lívia..." Susana estava extremamente arrependida, não deveria ter sido tão rápida em falar, e agora ainda fez Lívia se sentir mal.

Lívia não mostrou muita reação, mas olhou para Glória.

"Obrigada por me lembrar, Irmã Glória. Vou correr para o supermercado comprar uma tesoura grande agora mesmo. Afinal, metade do que pertence ao seu Irmão Samuel é meu, então, o que vocês comprarem, metade é para mim."

"Você! Se está com inveja da Neva, fale claramente, sem essa de indiretas."

"Inveja? Só se for de alguém da mesma espécie. Minha Lívia está noutro nível, invejar vocês por serem feias e malvestidas?"

Susana deixou Glória tão furiosa que ela quase pulou, mas Neva Vargas, vendo que as duas estavam prestes a brigar e preocupada que isso pudesse chamar a atenção de Samuel de uma maneira constrangedora, insistiu para que Glória a seguisse.

Susana segurou Lívia: "Retiro o que disse sobre homens imponentes, Samuel é um lixo, um covarde, um fraco, que fique amarrado com a sua amante!"

Elas pediram sopa de peixe e salada, com seu sopa brilhante e tempero picante, o aroma delicioso logo se espalhou.

Lívia na verdade adorava comidas picantes, já que a Velha Sra. Vargas goste disso, e Lívia cresceu influenciada por isso, embora a Família Paiva preferisse sabores mais leves.

Lívia, vivendo na casa da Família Paiva, aguentava tudo com paciência, mesmo no Horizonte Azul Residence, Lívia preparava diariamente uma alimentação leve.

Estava sempre pronta para o retorno de Samuel, cada refeição que comia sozinha era um acúmulo de decepções.

"Ah! Querida, você está bem? Deixe a mamãe ver!"

Na mesa ao lado, uma jovem mãe, ao servir água, acidentalmente derrubou o copo, e a água quente espirrou. Apesar de ter queimado o próprio braço, ela cuidou primeiro da sua filha, que estava sentada num cadeirão um pouco afastado, e a examinou com preocupação.

Lívia observava distraída, enquanto Susana serva uma tajela de sopa, dizendo.

"Essa sopa de peixe é boa, você come mais, o bebê precisa de nutrição, mas eu ainda quero ser menina."

Lívia voltou a si e disse: "Eu ainda não decidi..."

Susana não disse nada, apenas empurrou o telefone na sua direção, na tela havia uma foto que ela tinha acabado de tirar de Lívia distraída.

"Olha só seu sorriso, você está irradiando amor materno. Seria estranho se você não quisesse. Se for preciso, eu raspo a cabeça para ser o pai da criança, não tem problema."