VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 530

Mesmo já tendo vivido aquela noite, ao ouvir essas palavras da Sra. Duarte, Lívia ainda sentia um frio percorrer todo o seu corpo.

Samuel, por sua vez, fixava seu olhar na Sra. Duarte, com uma expressão fria e inabalável, mas seus olhos começaram a mostrar um tom vermelho sangue.

"Marta! Como você pôde ser tão imprudente? Como pôde fazer uma coisa dessas?"

Roberto Duarte, com o rosto marcado pela dor e surpresa, segurava o frágil corpo da Sra. Duarte que parecia prestes a desabar, sacudindo a cabeça em desalento.

Olívia também se aproximou, abraçando a Sra. Duarte, e os três, juntos, choravam como se fossem eles as vítimas.

De repente, Olívia se virou, ajoelhou-se no chão e fez uma profunda reverência a Lívia, com grande impacto.

Ela estava chorando quando disse: “Lívia, eu lhe peço, você pode perdoar minha mãe? Ela só agiu por impulso por minha causa.

Meu irmão se foi, e eu passei tantos anos sofrendo longe de casa, minha mãe só queria me ver feliz. Você está bem agora, e até se reencontrou com Samuel, tudo isso começou porque você fugiu, será que não podemos esquecer?

Se você apenas perdoar minha mãe, deixe a Família Duarte fazer o que for necessário para compensar! Lívia, eu te imploro!"

As lágrimas de Olívia caíam em sequência, e sua testa rapidamente ficou inchada e sangrou, contrastando com seu rostinho pálido, frágil e inocente.

Lívia, no entanto, achava aquilo tudo extremamente irônico. Ela recuou, evitando qualquer contato com Olívia.

Lembrando-se de como quase perdeu a vida, era impossível que ela sentisse qualquer piedade ou compaixão.

"Tentar assassinar alguém é um caso criminal, Srta. Duarte. Sei que você não teve muita educação formal, mas em crimes não existe perdão ou acordo, isso é algo que até uma criança da escola saberia."

Olívia estava visivelmente abalada e envergonhada.

No entanto, naquele momento, as sirenes da polícia podiam ser vagamente ouvidas do lado de fora.

Olívia caiu sentada no chão, ainda segurando desesperadamente a perna de Samuel.

“Samuel, por favor, em consideração ao esforço que fiz para salvar sua vida no passado, e por esse dedo que perdi por você, você não pode perdoar minha mãe desta vez?”

Ela ergueu a mão mutilada, mostrando o dedo faltante, com um olhar suplicante para Samuel.

Sra. Duarte, apoiada nos braços de Roberto Duarte, ofegava, enquanto ele, com lágrimas nos olhos, dizia:

"Samuel, o médico disse que ela só tem mais dois ou três meses de vida, o que significaria mandá-la para a prisão agora?

Estou disposto a transferir 10% das ações da Família Duarte para a Sra. Cabral como compensação emocional, e o senhor pode ficar confinado no sótão, sem sair, até o fim de seus dias, isso não seria o mesmo que estar na prisão?”