VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 551

Gilberto enviou o vídeo e ficou ansiosamente à espera da resposta de Lívia Cabral.

Tão distraído que até Samuel Paiva o repreendeu várias vezes com um olhar severo.

Mas até o fim da tarde, sem nenhuma resposta, Gilberto começou a suspirar pesadamente. Estava mais abatido do que se estivesse com o coração partido.

Na quinta vez que suspirou involuntariamente, Samuel, sem aguentar mais, mandou Gilberto para fazer serviços externos na filial.

No entanto, Samuel achou estranho o modo como Gilberto olhou para ele ao sair, como se estivesse olhando para o famoso cachorro de rua do Residencial Horizonte Azul.

Mas na verdade, Lívia só viu o vídeo à noite.

Ela estava mais reclusa esses dias, com a barriga a crescer, e mal usava o telefone.

Depois do jantar, na hora do passeio habitual, foi quando percebeu que o telefone estava desligado por falta de bateria.

Ao carregar, finalmente viu o vídeo.

"Então Samuel, você ama Lívia?"

No vídeo, Olivia Duarte aparecia com o rosto cheio de lágrimas, visivelmente abalada.

"Sim, eu a amo. Tivemos muitos mal-entendidos, e eu causei muita dor, o que nos levou ao divórcio. Mas nunca pensei em separar-me dela de verdade, e nunca dei chance a outra mulher. Minha esposa, meu amor, é ela por toda a vida!”

A figura masculina estava de costas para a câmera, e Lívia não podia ver a expressão de Samuel, mas a sua voz era clara e firme.

Ela ficou ofegante, apertando inconscientemente o celular.

De repente, apagou a tela com força.

Como se, ao olhar mais um segundo, algo perturbador saísse de dentro, como um vírus.

Ela respirou fundo, um sorriso irônico aparecendo nos lábios.

Se não fosse por instrução de Samuel, como Gilberto ousaria gravar aquilo?

Desde quando Samuel tinha tanto desejo de se exibir?

O carregamento do telefone foi rápido, e depois de fazer alguns alongamentos, a bateria já estava a mais da metade.

Ela desconectou o carregador, saiu e começou a caminhar lentamente pelo cinturão verde do condomínio.

Mas por alguma razão, nos últimos dias, Lívia sempre sentia como se estivesse sendo observada ao sair.

O medo a fez querer gritar e correr, mas os seus pés pareciam estar fixados ao chão, e a sua boca, pesada demais para abrir.

Ela só podia assistir enquanto aquela face demoníaca se aproximava, estendendo a mão.

“Ah!”

Lívia fechou os olhos e gritou.

À sua frente, uma visão em tons de vermelho sangue, e ao redor, o cheiro de sangue parecia penetrar tudo.

Mas a dor esperada não veio, em vez disso, ela sentiu as costas a pressionarem-se contra um peito largo e familiar.

Um som surdo, seguido de um grito.

Era Samuel correndo rapidamente, chutando Tadeu para longe e envolvendo Lívia, que quase desmaiava, nos seus braços.

“Lívia! Sou eu, abra os olhos e veja, ele foi chutado para longe pelo seu irmão, ele não te pode magoar mais."

Samuel abraçava Lívia, acariciando as suas costas trêmulas.

No entanto, Lívia parecia não sentir nada disso, perdida em memórias de terror, com suor frio na testa.