VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 677

"Samuel! O que você está fazendo agora!?"

Lívia mudou instantaneamente de expressão, perdendo seu tom frio, um vislumbre de irritação e indignação cobrindo seu rosto.

Samuel lançou-lhe um olhar e então empurrou o saco que segurava em seus braços.

Lívia, por instinto, segurou-o, e no segundo seguinte, o homem a levantou nos braços.

Elevada do chão, ele baixou os olhos para ela novamente.

Lívia rapidamente levantou a mão, cobrindo a boca com firmeza, seus olhos expostos repletos de cautela e vigilância.

No entanto, Samuel simplesmente virou-se, sem expressão alguma, e a levou até o leito, sentando-a na cama.

Em seguida, ele pegou o saco que ela segurava com uma mão, tirando de dentro dele meias e chinelos de quarto, e agachou-se.

Lívia estava usando chinelos simples, que Susana havia comprado de última hora em um supermercado próximo ao hospital; a qualidade, na verdade, era até razoável.

Mas Susana também nunca havia estado grávida nem passado pelo puerpério, e, evidentemente, não pensou muito na hora da compra, optando por chinelos abertos.

Sem meias nos pés, Lívia só percebeu o quanto estavam frios quando Samuel tirou seus chinelos, agarrando firmemente seus pés com suas grandes mãos. Ela sentiu a frieza como se fossem feitos de jade gelado.

As mãos grandes e quentes do homem, com calos finos devido aos anos de exercício físico, esfregaram os pequenos pés gelados dela.

Um toque estranho subiu pelas veias do dorso do pé, fazendo Lívia recuar o pé, mas então foi imediatamente agarrada pelo tornozelo pelo homem.

Lívia deu um chute, mas o homem agachado à sua frente permaneceu imóvel.

Sua força era insuficiente para competir com ele.

"Não se mexa!" Samuel levantou os olhos para a mulher, "Você teve um sangramento severo e está no puerpério. Se não quer que eu cuide de você, deveria cuidar melhor de si mesma."

Seu olhar lentamente se desviou dos olhos irritados e defensivos de Lívia, descendo para os lábios dela, e continuou.

O homem falava calmamente enquanto rolava a perna da calça do pijama de Lívia para cima.

Lívia havia perdido bastante peso recentemente, suas já finas pernas estavam magras e ossudas, fazendo com que o amplo pijama deslizasse facilmente para o joelho.

Metade da perna dela estava fria, Samuel franziu a testa, esfregando-a rapidamente antes de colocar as meias.

As meias que ele preparou eram longas, cobrindo justamente até os joelhos.

Lívia estava meio atordoada, pois as palavras do homem soaram estranhamente familiares.

Depois de pensar um pouco, ela lembrou que "Não subestime o valor das pragas, apesar do nome desagradável, são muito úteis" era algo que ela mesma havia dito.

Isso foi quando ela havia acabado de chegar à Família Paiva, ela gostava de seguir Samuel por aí, mas que adolescente gostaria de ter uma garotinha sempre atrás dele como uma sombra?

"Lívia, você pode parar de me seguir como uma praga? Vá encontrar seus colegas ou fique sozinha, mas pare de me seguir!"