VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 692

Parecia que não eram decisões tomadas após cuidadosa reflexão, mas sim vontades impetuosas que simplesmente surgiam do nada.

Como isso é possível?

Quanto mais tentava entender, mais confusa ficava sua mente, Lívia, sem resistir, ergueu a mão e fez um punho, querendo bater na própria cabeça para espantar a confusão.

“Não se mexa.” Samuel rapidamente ergueu a mão, agarrando o pulso dela.

Foi então que Lívia subitamente voltou a si, mas ao ver o rosto tenso e preocupado do homem à sua frente, sua expressão mudou abruptamente para uma de grande agitação.

“Não me toque!”

Sua voz era aguda, cheia de um terror palpável.

Samuel, assustado com sua reação, involuntariamente soltou sua mão.

Lívia recuou um passo, sendo amparada por Martim, que estendeu a mão para segurá-la, ela estava pálida, com uma fina camada de suor cobrindo sua testa.

Samuel a observava, as veias de sua testa pulsando visivelmente.

Ele se sentiu humilhado, pois anteriormente havia dito a Ivan que psicólogos não eram tão poderosos quanto pareciam.

No entanto, agora, parecia ter subestimado gravemente a capacidade de um psicólogo.

Samuel, incapaz de se conter mais, ergueu a mão e a enlaçou pela cintura de Lívia.

Quando ele a puxou forçosamente para si, Martim, com um olhar furioso, exclamou, “Lívia! Solte-a!”

Ele avançou tentando puxar Lívia para longe, mas Samuel repentinamente agarrou a gola de Martim, com uma voz sombria e intimidadora.

“O que exatamente você deixou Yana fazer com ela?!”

Samuel suspeitava que algo estava errado com Yana e tinha mandado Ivan até o consultório psicológico dela.

Mas eles chegaram tarde demais, Yana já tinha deixado o hospital com seu novo marido francês, indo direto para o aeroporto, de onde partiram juntos para o exterior.

“Sr. Paiva, o que exatamente você está tentando fazer?! Eu realmente não consigo entender o que você está dizendo. Por favor, solte-me, você está assustando a Lívia.”

Martim franziu a testa, levantando a mão para agarrar o pulso de Samuel.

“Sr. Paiva, não vai nos impedir, não é? Você viu, ela quer ir comigo. Você não pode levá-la! A menos que você não se importe com o estado mental dela, querendo realmente enlouquecê-la de vez! Saia da frente!”

Samuel, com os punhos cerrados, tremia ligeiramente.

E Ivan, ainda mais ansioso, como poderiam deixar Martim simplesmente levar a senhora assim!

Em apenas um ou dois dias, ele a tinha deixado nesse estado, se ela realmente ficasse sob seu controle, quem sabe o que mais ele faria!

Talvez, deixando o hospital, a senhora desapareceria no estacionamento como aquela mulher, sem deixar rastro.

Mas impedi-los de sair, dada a condição atual da senhora, poderia realmente levar a um colapso mental.

Martim claramente sabia disso e estava confiante de que Samuel hesitaria, por isso agia com tanta arrogância.

Justo quando a tensão parecia intransponível, uma voz envelhecida soou repentinamente da entrada do quarto.

“Lívia não vai com esse desgraçado da Família Paiva, e esse desgraçado da Família Paiva não tem o direito de levá-la. E nós então? Certamente temos mais direitos do que esse garoto da Família Faria, que não tem nenhum relações com a Lívia!”