VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 71

Hélder ouviu a conversa delas e inclinou a cabeça para Lívia.

"Jogue com elas. Se perder, eu bebo por você."

Com isso dito por ele, o que Lívia teria a temer? Além disso, ela não estava com medo de qualquer forma.

Ela sorriu e levantou uma sobrancelha para Hélder. Olhou para Neva.

"Vamos lá."

Neva também sorriu, "Realmente invejo a irmã. Mesmo sem o Irmão Samuel para cuidar de você, ainda tem o Irmão Hélder que tanto te adora."

Lívia levantou os olhos, "Você cresceu comendo vento, foi?"

Neva, "??"

"Como mais poderia falar de um jeito tão sarcástico?" Lívia falou enquanto agitava os dados, cobrindo-os na mesa, "Sua vez."

Ela levantou a tampa, e revelou um seis e um cinco.

Neva parecia desanimada. Pegou o copo de dados e o sacudiu por um tempo. Bianca se aproximou.

"Deixe-me ajudar a Srta. Vargas a revelar, eu tenho sorte boa..."

Bianca disse e levantava a tampa. Dois quatros, não era pequeno. Mas em comparação com Lívia, ainda era uma perda.

Bianca sorriu e passava um copo de bebida para Neva. Ela pegou o copo e olhou de lado para Samuel.

O homem ainda estava encostado no encosto da cadeira de couro, fumando relaxadamente. As pernas cruzaram em cima da mesa de centro, aparentando desinteresse.

Neva mordeu o lábio, "Faça sua pergunta."

Lívia sorriu levemente, "Há algo que sempre me intrigou. Quando eu tinha seis anos, o tio e tia me levaram de volta para a Família Vargas, e naquela noite você teve febre e pesadelos sem parar.

A empregada Camille disse que eu tinha te amaldiçoado. No dia seguinte fui imediatamente mandada embora. Naquela noite, ouvi sons de água vindo do seu quarto. Você estava tomando um banho frio?"

Lívia e Neva se encararam, e várias pessoas começaram a prestar atenção nelas.

A pergunta de Lívia fez a expressão de Neva congelar e ela sentiu olhares curiosos de todos os lados.

Ela tinha feito de propósito. Lívia foi espancada por Tadeu. No meio do inverno, descalça, foi mandada para comprar cigarros. Por acaso colidiu com o carro da Família Vargas.

Então seus pais levaram Lívia para casa. Neva ouviu Luciana estava chorando e dizendo que Lívia era esquálida. Queria mantê-la na casa e criar as duas meninas como irmãs.

Como isso poderia acontecer?!

Ela tomou um banho frio naquela noite para ter febre. Chorou e propositalmente se agarrou em Luciana, dizendo que ver Lívia a fazia lembrar dos dias de sofrimento na Família Cabral. Ainda subornou Camille para falar a seu favor.

No dia seguinte, de fato, seus pais mandaram Lívia sair bem cedo.

"O que a irmã está dizendo? Como eu poderia fazer algo assim? Você deve ter ouvido errado."

Neva negou veementemente, mas seu breve momento de rigidez parecia já dizer tudo.

Claro, Lívia não esperava que Neva, uma pessoa assim, tivesse algum espírito esportivo. Ela não insistiu e continuou com Bianca.

Neva sentava ali, e sentia-se desconfortável como se estivesse sentada em agulhas. Também sentia que todos ainda estavam observando secretamente, deduzindo e vendo através dela.

Amar e não amar realmente são a melhor interpretação do duplo padrão.

Lívia ficava triste como engoliu um gole amargo como água de fel. Mas ainda manteu um sorriso tranquilo em seu rosto.

"Tudo bem. Sr. Paiva, só não se arrependa depois."

Samuel ergueu a cabeça, e um gole de bebida desceu garganta abaixo. O movimento sexy da sua garganta subindo e descendo, mas seus olhos profundos continuavam fixos em Lívia.

A habilidade de Lívia de jogar os dados era algo que ele havia ensinado a ela.

Essa moça tinha um talento, realmente superando o mestre.

Ninguém sabia melhor do que ele sobreas habilidades dela. E Neva hoje poderia acabar com uma úlcera de estômago de tanto perder para essa pequena raposa.

Samuel colocou seu copo vazio na mesa, e deu a Lívia um olhar indiferente, levantando levemente a sobrancelha.

Lívia baixou os olhos e deu uma risada fria.Por que ela se importaria se um homem desgraçado decidisse beber por sua amásia?

Em seguida, Neva e Bianca continuaram perdendo.

Bianca quase chorava de tanto beber. Mas ela realmente tinha uma boa resistência ao álcool, e ainda estava aguentando.

E Samuel, um copo após o outro...

Sete copos, oito copos...

Neva preocupou muito,e disse, "Irmão Samuel, pare de beber. Eu não quero mais jogar."