VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 741

Bang, bang, bang.

Vários sons de pancadas pesadas ecoaram, seguidos pelo estilhaçar de vidro.

Depois Lívia desceu do carro, o segurança da Família Ribeira pegou um taco de golfe e acertou com força o para-brisa do carro de Samuel Paiva.

O para-brisa se despedaçou em pedaços.

Lívia se assustou por um instante, mas foi rapidamente amparada por Arthur, que a protegeu com suas mãos nos ouvidos, girando-a para que não visse o que acontecia.

"O que houve?" Lívia olhou para cima em direção a Arthur.

Arthur soltou-a, olhando para ela com um leve sorriso consolador nos lábios finos, perguntando apenas:

"Você está bem?"

Lívia balançou a cabeça em negação, e nesse momento, Samuel também se levantou, saindo do carro.

Quando o vidro voou, ele ainda estava dentro do carro, e alguns pedaços caíram sobre seus ombros e mangas.

Agora, o homem saiu do carro, sacudindo os cacos de vidro de seu corpo, com um olhar frio fixo em Arthur.

Vendo Arthur protegendo Lívia ao seu lado, e ela, confiante e calma, permanecendo dentro do alcance protetor de Arthur, a dupla, de alturas diferentes, parecia surpreendentemente harmoniosa. Samuel sentiu a frustração em seu peito se intensificar.

"Sr. Ribeira, que grande presença." Samuel disse friamente.

Foi só então que Lívia viu o Maybach de Samuel com o para-brisa quebrado.

Ela olhou para Arthur, um pouco chocada, mas ele colocou a mão gentilmente em seu ombro, falando com voz firme para Samuel.

"Não chega aos pés do Sr. Paiva, que sempre consegue aprisionar pessoas facilmente. Eu estava apenas muito preocupado com minha irmã, se minha reação foi excessiva, peço que o Sr. Paiva me desculpe."

Lívia, inicialmente surpresa com a grande ação de Arthur, ao ouvir que ele estava preocupado com ela, sentiu um calor no coração ao lembrar-se de quando foi mantida em cativeiro por Samuel. Ela segurou a manga do casaco de Arthur, dizendo: "Eu estou bem de verdade, vamos embora."

Depois que o carro da Família Ribeira se foi, Gilberto, que estava escondido por perto, se aproximou com um suspiro de lamentação.

"Presidente, já entrei em contato com Pablo para trazer outro carro, mas vai demorar um pouco. Que tal esperar na mansão do Sr. Estrela? Assim que o carro chegar, eu chamo você?"

Vendo os cacos de vidro pelo chão, Gilberto também sentia a frustração pelo seu presidente.

Que situação, hein.

Depois de uma noite inteira atarefado, tanto ajudando a Senhora a se organizar com a Srta. Mirela Duarte quanto lidando com desavenças com outras famílias, e ainda por cima acompanhando a Senhora pela cidade à procura de alguém, apenas para no fim terem seu carro vandalizado – e a Senhora até achou isso bom...

Gilberto estava quase convencido a aconselhar o próprio presidente da empresa a mudar o foco de sua paixão, pois reconquistar a ex-esposa parecia ser uma tarefa hercúlea.

No entanto, observando Samuel, imerso em uma aura de solidão, Gilberto sentiu que qualquer conselho seria em vão.

Não conseguiu evitar de dizer novamente: “Presidente, acho que seria melhor se o senhor revelasse à Senhora a verdade sobre o incidente com a grande dama e aquele detestável Dr. Faria. Ela claramente tem um mal-entendido sobre o senhor, pensando que o senhor tentou injustamente absolver a Família Duarte ou que não fez nada para resolver a situação. Se ela soubesse que naquela noite as coisas foram bem diferentes, e que não foi sua intenção livrar a Família Duarte da culpa nem ficar inerte, talvez ela não fosse tão resistente e repulsiva em relação a você...”