VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 91

Lívia reconheceu a voz, sentiu um arrepio a percorrer pela sua espinha, mas forçou-se a relaxar completamente, apoiando-se no homem atrás dela.

A iniciativa de Lívia de se entregar a ele deixou Mauro momentaneamente chocado, logo depois, sentiu o seu sangue ferver, mal podendo esperar para consumar o ato ali mesmo no corredor.

Lívia virou a cabeça, sinalizando para Mauro a soltar.

Mauro de fato soltou a mão que cobria a boca de Lívia, que, ofegante, apoio-se na escada para se recuperar da tontura antes de falar.

"Senhor Barreto, já que sabe o tipo de pessoa que sou, desta vez preparou uma oferta adequada?"

Sua voz tinha um tom sedutor, o que deixava Mauro meio derretido, a força com que segurava os cabelos de Lívia também diminuiu.

Lívia girou o corpo, empurrando-o levemente, os seus cabelos roçaram no pescoço de Mauro de forma inadvertida.

"Não seja tão bruto, eu não gosto."

Ela deu um leve empurrão no peito de Mauro, deixando a outra metade do corpo dele também amolecida.

Ele agarrou o pulso dela, encostando-a na parede enquanto a puxava para si e começava a beijá-la.

O perfume de homem estranho, nauseante, fazia Lívia querer vomitar.

Ela estava pálida, tentando se esquivar.

"Não, não aqui, vamos para minha casa..."

"É mais excitante aqui, tão doce, tão suave, não posso esperar mais."

Mauro aproximou-se ainda mais, esfregando-se nela sem parar, enquanto Lívia mordia a língua, forçando-se a não lutar.

"Tenho brinquedos em minha casa, é ainda mais excitante..."

Mauro, entre a expectativa e a excitação, soltou-a. Lívia agachou-se para pegar no telefone no chão, mas Mauro chutou o telefone, fazendo-o voar.

O celular caiu escada abaixo, quebrando-se com um estrondo.

Lívia sentiu um frio por todo o corpo, percebendo que ele ainda estava alerta, ela olhou para trás, fingindo indignação.

"Você vai me compensar!"

"Compensar! Desde que você compense bem a mim esta noite, não somente o telefone, mas também casas e carros serão seus!"

"Duvido, se você pensa que pode me enganar novamente com um simples buquê de flores, melhor nem aparecer na minha frente novamente." Lívia riu levemente, com um olhar sedutor.

Mauro lembrou-se da vergonha que passou anteriormente, quando ela friamente lhe disse para não aparecer novamente diante dela com flores, e até achou graça na situação.

Essa mulher era realmente uma mestra em sedução, ele já tinha visto muitas como ela.

Sua guarda baixou consideravelmente, ele ajeitou a camisa, assumindo uma postura de patrocinador generoso.

"Fique tranquila, desde que você me siga obedientemente, casar com você não está fora de questão."

Meia hora antes, ele recebeu a notícia de que Neva foi ao hospital consultar sobre um aborto, ele correu para o hospital e a impediu, trazendo-a de volta para casa.

Um empregado trouxe leite quente para Neva, que, irritada, derrubou-o, espirrando em Samuel, que foi se limpar.

"Senhor Paiva, ajudaram Neva a voltar para o quarto, ela ainda está chorando, por favor, tente consolá-la."

O empregado se aproximou, Samuel franzindo ligeiramente a testa, seguiu o empregado escada acima.

Ele entrou no quarto, o empregado estava fechando a porta, mas Samuel deu uma olhada.

"Deixe aberta."

O empregado lançou um olhar cuidadoso para Neva, deixou a porta aberta e saiu.

Neva estava sentada na cama, com os olhos vermelhos, parecia que sua emoção tinha se acalmado um pouco.

"Irmão Samuel, me desculpe, eu estava muito agitada... isto são calças do meu pai, ele nunca usou, irmão Samuel pode ir ao banheiro trocar."

Ela disse, pegando a calça ao lado e caminhando em direção a Samuel, que respondeu friamente.

"Não é necessário."

Neva congelou, "Mas o clima já está esfriando, como você pode ficar assim com a calça molhada, irmão Samuel, você deveria... ah!"

Ela insistiu em avançar, estendendo a mão para tocar o cós úmido da calça de Samuel, mas o homem segurou o seu pulso bruscamente.