VOCÊ COSTUMAVA SER MEU MUNDO romance Capítulo 921

Ela bateu na cabeça, incapaz de se lembrar de qualquer coisa.

Lívia olhou para ela com aquele ar confuso e também deu um toquezinho nela, dizendo:

"É, ainda bem que caiu na piscina! Da próxima vez, tente beber menos, foi realmente assustador."

Dessa vez foi cair da sacada na piscina, e na próxima, o que seria? Correr pelada pela rua?

"Não é à toa que acordei toda dolorida. Foi você que me salvou? Ai, Lívia, ainda bem que você estava lá."

Susana tentou abraçar Lívia, mas Lívia rapidamente levantou a mão para impedi-la, com uma expressão complicada.

"Não, não fui eu quem te salvou, foi o Allan que pulou atrás de você e te tirou da água."

"O quê? Você deve estar enganada."

Susana ficou surpresa, questionando instintivamente.

Como ela poderia não acreditar? Allan, com aquela cara de quem preferiria vê-la morta, pulando na piscina para salvá-la?

Parecia fantasia demais.

"Eu vi com meus próprios olhos, é a pura verdade. Apesar do Allan ter um temperamento difícil e às vezes não pensar claramente, ele tem um bom coração, isso eu não posso negar. Quando você pulou, ele tentou te segurar e, sem hesitar, pulou do terceiro andar atrás de você."

Lívia se lembrou de uma vez, em Vila de Vargas.

Neva Vargas e ela caíram na piscina ao mesmo tempo, e Samuel Paiva salvou Neva, deixando-a para trás.

Nessa ocasião, foi Allan que pulou e a salvou.

Nesse aspecto, Allan parecia ser mais forte que Samuel.

"Susana, se você ainda tem algo a resolver, deveria aproveitar hoje para conversar seriamente com o Allan."

Talvez Allan não fosse tão indiferente com Susana.

Vendo que ela não estava bem, Lívia falou com preocupação.

Susana se virou, forçou um sorriso e disse rapidamente.

"Estou bem, vou entrar e conversar com ele. Acho que você tem razão, eu deveria ter uma boa conversa com ele."

Depois de falar, ela entrou e fechou a porta com um estalo.

Lívia, pensando nas palavras do médico e na reação de Susana, sentiu que algo estava muito estranho.

Ela então se inclinou, imitando Susana, e encostou na porta, tentando ouvir o que acontecia lá dentro.

Enquanto ela se concentrava, quase da mesma forma que antes, uma sombra se inclinou sobre ela por trás.

A voz de um homem, com um toque de riso, soou em seu ouvido, dizendo:

"Lívia, espionar conversas alheias não é um bom hábito. Se você está mesmo procurando por emoção, podemos criar a nossa própria..."