Duda guardou o celular de forma hábil:
- Sim, só que a imagem filmada por celular não é muito clara.
Após o choque inicial, o diretor percebeu que o ocorrido foi gravado em vídeo.
Balbino estava indo longe demais, não só por causa daquela frase, como também tudo o que ele fez hoje, fazendo ele indigno de ser chamado como ator.
Lucimar não previu que Tancredo reivindicasse a justiça por ela. Inesperadamente, ele não conseguiu aguentar mais. Então, basta assistir.
- Diretor, você me pediu para entregar o roteiro para Lucimar no início. Naquela altura, foram vocês que a convidaram várias vezes. E agora, também foram vocês que de repente queriam trocar a atriz principal e mandar Lucimar refazer a audição. Lucimar tem sua ética profissional. Ela ainda precisa de viajar de vôo à tarde e veio cá sacrificando o tempo privado com o marido, mas só para sofrer dessa humilhação? Perdão, mesmo que ela possa aguentar, sendo agente dela, eu não posso.
- Peço desculpa, Duda, eu também não imaginou um desdobramento desse. A ideia de mudar a atriz é para aperfeiçoar o filme. O que aconteceu hoje...é de fato culpa de Balbino.
- Agora já não me importa quem está certo e quem está errado. Eu só sei uma coisa: mesmo que Balbino se arrependa, é impossível Lucimar comparecer no mesmo filme com ele.
Ela sacudiu o celular e curvou o canto de lábios:
- Diretor, se você insiste em escolher Balbino como o ator principal, este vídeo será divulgado online definitivamente, sendo um castigo da arrogância dele.
- Emm...
O diretor ficou com a cara feia. Se o vídeo fosse publicado online, seria conhecido por muita gente, considerando a formidável popularidade recente de Lucimar.
Além disso, os netizens eram muito rigorosos hoje em dia. Não só exigiam a sua habilidade de atuação, como também a sua virtude. Se o ator fizesse algo arrogante ou contra os valores comuns, os netizens começariam a boicotá-lo.
O diretor ficou silencioso.
Empurrando a cadeira de rodas de Tancredo, Lucimar disse levemente:
- Duda, ainda precisamos de apanhar o vôo mais tarde. Vamos embora.
- Vamos.
Antes de ir, Duda abanou o celular para Balbino, que estava de perto, como uma forma de manifestação.
Quando estavam prestes a entrar no carro, soou uma voz ansiosa por trás.
- Lucimar.
Lucimar empurrou a cadeira de rodas de Tancredo para dentro do carro e virou a cabeça para trás. Quem a chamou foi Laura.
- Não vá - Duda puxou Lucimar. - São do mesmo grupo. Definitivamente, ninguém é simpático.
- Duda, volto já após falar um pouco com ela.
Pelo menos, Laura parecia uma pessoa bem educada. Como ela não dificultou as coisas para Lucimar, Lucimar também não ia deixá-la embaraçada demais.
Como era de esperar, Laura estava aguardando ansiosamente no mesmo local e só fez um sorriso nervoso e tímido depois de ver Lucimar caminhar de volta.
- Eu achava que você jamais queria falar comigo. Perdão, o comportamento de Balbino foi realmente um pouco inadequado. Peço desculpas por ele.
- É pedir desculpas ou misericórdia?
Laura ficou congelada e deu uma olhada envergonhada em Lucimar.
- Posso enxergar que você é inteligente. Estou pedindo desculpas, como também misericórdia. Não há nada para justificar no ocorrido de hoje. A culpa foi dele de fato.
- Se ele sabia que estava errado, porque não veio me pedir desculpas?
- Balbino é homem. Ele não pode perder a face para fazer isso.
- Por isso, pediu à namorada para o defender? - Lucimar fez um sorriso compreensivo, com o olhar claro. - Não tenho a intenção de revelar algo, mas falando desse assunto, seu namorado realmente não tem bom caráter. Ele está disputando os recursos para você com uma personalidade dessa?
- Não, não é isso. - Laura negou, abanando a cabeça. - Ele não foi assim antes, só que desta vez ele pode não ter agido corretamente. Lucimar, você está muito popular agora e muitos roteiros de filme estão querendo você. Você não está com falta deste. Poderia ceder esse roteiro para mim?
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