Você é meu, Ômega romance Capítulo 228

— FERA?

Delilah gaguejou, pois não conseguia desviar os olhos dos olhos dele.

Todo o seu corpo tremia de medo. Ela ouviu um rugido alto que a fez cair de joelhos para se submeter a ele. O rugido era tão poderoso que ela perdeu a consciência e desmaiou.

Na manhã seguinte, Delilah sentiu uma luz em seu rosto. Quando abriu os olhos, imediatamente os fechou. A luz do sol caía diretamente em seu rosto e isso a incomodava a mantê-los abertos.

Ela se sentou gradualmente e abriu os olhos lentamente. Delilah olhou ao redor e arfou, quando notou que ainda estava na floresta.

As árvores ao redor eram muito grandes e de um verde escuro. A luz do sol tocava seu rosto, a partir do canto das folhas dessas árvores.

Ela se lembrou do que aconteceu na noite anterior e seus olhos se arregalaram. Ela balançou a cabeça e se levantou, mas gemeu quando sentiu dor nos joelhos.

Ontem quando sua madrasta a empurrou, ela se machucou nos joelhos. E quando a fera rosnou, ela se ajoelhou no chão com um baque e se machucou pela segunda vez.

Fera... Ela pensou sobre ele.

A maneira como seus olhos laranja a olhavam, parecia que ele estava realmente ofendido por ela.

— Não, não. Eu não posso ficar aqui. — Ela disse a si mesma.

Ela procurou um caminho e tentou sair dali. Delilah começou a andar, mas algo chamou sua atenção.

Era a lamparina de furacão com a qual ela veio. Estava quebrada. Foi quebrada por cair ou por causa do som do rugido da fera?

Foi tolice dela vir aqui. Ela era uma tola. Do contrário, por que ela teria ido naquela floresta? Ela poderia ter morrido pela fera.

Delilah ainda se lembrava, de uma mulher que morava ao lado de sua casa, quando ela tinha catorze anos. Aquela mulher perdeu seu filho. Ela contou a todos como seu filho foi para a floresta, foi caçado pela fera e ele não voltou mais.

Naquela época, todos no grupo tremeram de medo.

— Ele vai me matar. Ele vai me matar. Ele vai me matar.

Delilah continuou repetindo as mesmas palavras enquanto se afastava. Ela franziu a testa quando não conseguiu memorizar o caminho.

— Eu esqueci o caminho!

Ela gritou.

— Como posso esquecer o caminho? Não, não. Não posso esquecer isso. Como vou voltar? Para onde vou? E se a fera tentar me caçar de novo? Desta vez ele vai me matar com certeza.

Delilah se repreendeu por estar ali. Ela deveria ter pensado nisso antes de entrar na floresta. A frieza do ar a fez tremer.

Ser um Ômega era muito difícil em seu grupo. Afinal, seu posto era o mais baixo entre os outros.

Ômegas nasceram para ser escravos. Alguns dos Alfas os compravam para seu prazer sexual. Alguns dos compradores vinham para comprar, mas se encontravam como seus companheiros e então eles os aceitavam.

Mas isso não ia acontecer com Delilah.

— Peguem a garota. Ela é uma Ômega.

Seu coração disparou.

— Não, não. De novo não!

Ela os viu se aproximando dela. Delilah olhou para o caminho para onde queria ir e virou-se na direção oposta. Ela começou a correr e olhou para trás. Eles estavam a seguindo, então Delilah tentou correr rápido.

Ela não sabia para onde estava indo. Depois de uma longa corrida, ela não percebeu que eles a perderam na floresta escura. Delilah continuou correndo e sentiu que sua força estava se esgotando.

De repente, ela viu um homem fazendo algo em seu caminho, que estava de costas para ela.

Seus ombros largos e braços musculosos indicavam que ele era um guerreiro. Delilah não conseguiu parar seus passos e esbarrou nele.

Ele se virou e ela ficou atônita. Delilah estava prestes a cair para trás, mas ele segurou sua cintura para apoiá-la. Ela olhou para ele cuidadosamente.

Ele era um homem bonito com alguns arranhões no rosto. Seus cabelos da frente cobriam sua testa graciosamente, quase escondendo seus belos olhos.

Se as pessoas olhassem de longe, diriam que ele parecia perigoso, mas de perto ele era realmente muito bonito.

Ela se perdeu em suas características faciais, mas sua voz profunda a fez voltar à realidade.

— Quem é você?