Você é meu, Ômega romance Capítulo 230

Delilah começou a andar e um medo desconhecido a consumia por dentro. Ela esqueceu de contar para aquele velho sobre ter visto a besta.

Ela tinha medo dele. Quem sabia quando ele viria atrás dela novamente, como fez na noite passada?

— Ainda estou confusa sobre como ele não me machucou. Eu claramente vi seus olhos sedentos de sangue. Será que ele é cego à noite? Espero que sim.

Ela murmurou e focou em seu caminho. De repente, ela ouviu um rugido alto.

— AHH... — Ela gritou, mas colocou as mãos sobre a boca. O rugido ecoou por toda a floresta.

Ela balançou a cabeça com medo. Ela correu o mais rápido que pôde. Lágrimas escorriam de seus olhos.

— Ele vai te devorar viva.

As palavras de Naomi ecoavam em sua mente. Delilah viu uma pequena luz na floresta escura e entendeu como uma esperança para ela.

Mas estava longe dela. Ela fez seu caminho até lá, evitando os rugidos altos.

Os rugidos pararam quando ela se aproximou da luz. Ela pensou que a besta estava a seguindo e a mataria.

Inesperadamente, sua mão direita foi agarrada por alguém e ela gritou:

— Não, não. Eu não quero morrer. — Ela chorou e se debateu.

— O que você está fazendo aqui?

Ela ouviu uma voz familiar.

Ela olhou para cima e viu o rosto familiar. Era o homem que ela conheceu de manhã. Os olhos de Delilah se arregalaram e ela o abraçou com medo.

— Por favor, por favor, me salve. A besta está atrás de mim. Ele vai me matar.

Ela sentiu calor em seu peito. Mas não era hora de pensar nisso. Eles estavam em uma situação de vida ou morte. A qualquer momento poderiam ser mortos.

O homem segurou seus braços e a empurrou.

Ela controlou seus passos e olhou para ele. Delilah podia ver que ele estava de alguma forma irritado.

Ele está irritado porque eu o abracei? Por que eu fiz isso? Eu não deveria ter o abraçado, mas estou muito assustada.

— Eu não te disse para voltar?

— Eu não tenho para onde ir. — Ela murmurou e baixou a cabeça.

Lágrimas continuavam rolando de seus olhos e ela não queria mostrar isso para ele. Ela então imediatamente enxugou suas lágrimas.

O homem ficou em silêncio e ela olhou para ele.

Ele a encarava fixamente.

Como ele pode ser tão cruel?

— Quem te mandou aqui? — Ele perguntou, com um tom agressivo.

— N-Ninguém.

Ele se aproximou e ela recuou.

— Mesmo?

Delilah assentiu com a cabeça e estava com medo de olhar nos olhos dele. Ele estava furioso.

Ele segurou seu queixo.

— Como você chegou aqui desse jeito?

Delilah o encarou.

— O-o v-v-v-v-vovô...

Ele franziu o cenho. Delilah observou sua expressão cuidadosamente. Ela não queria deixar esse estranho familiar irritado.

— Vovô?

O que posso fazer agora? Para onde eu vou? Não há ninguém que possa me ajudar. Eu serei morta esta noite pela besta.

Devo pensar na morte?

Ela bocejou e virou a cabeça para o outro lado. Seus olhos se arregalaram.

Ela se sentou imediatamente. Ela estava deitada no sofá o tempo todo. Na frente dela havia um sofá único e um homem a encarava com seus olhos pretos escuros.

— V-Você? — Ela gaguejou.

— Como um Ômega pode vir aqui? Quem te deu coragem para entrar na floresta? De onde você é?

Ele fez a ela um monte de perguntas.

Delilah olhou para as pequenas cicatrizes em seu rosto. Com a luz, ela podia vê-lo claramente.

Ele parecia realmente poderoso com sua aura e seus ombros largos. Ela nunca tinha visto um homem como ele antes.

Eles se encontraram três vezes só naquele dia. Será que ele era aquele sobre o qual o velho lhe contou?

— Por que você não está me respondendo?

— Eu-eu estava na f-floresta. Você me trouxe aqui? — Ela perguntou e olhou ao redor.

Era uma casa de madeira de dois andares. Era pequena, mas suficiente para viver. Não havia decoração, apenas madeira pura por toda parte. Os móveis eram excepcionais, tinha até uma cozinha aberta.

Ela podia ver a floresta dali de dentro. Delilah se lembrou das luzes na floresta.

Então aquelas luzes vinham desta casa? Pensou.

Seus olhos caíram sobre o homem novamente. Ele parecia irritado, como se fosse matá-la se ela não respondesse a todas as suas perguntas.

Delilah estava perplexa por ele viver no meio da floresta sem nenhum medo.

— Q-Quem é você?

Ele não perdeu tempo para responder.

— Sua morte.