Você é meu, Ômega romance Capítulo 250

— Qual é a sua ligação com a besta? Como você o conhece? Como você pode viver aqui em seu reino sem ter problemas?

Everett encarou Delilah. Ela podia ver seus olhos se tornarem sombrios e ele apertou a mandíbula.

Ele estava se segurando de algo? Ele iria bater nela?

Delilah prendeu a respiração quando ele desceu da cama e se aproximou dela. Seu cabelo molhado lhe dava um ar quente. Ele parecia um Deus grego. Pele clara com cabelos pretos, e suas roupas estavam justas em seus músculos.

Everett ficou na frente dela, a forçando a abaixar a cabeça.

— Me diga uma coisa. Por que você continua falando sobre um homem que nem conhece?

— Huh? — Ela olhou para ele.

Ele se aproximou dela e ela deu um passo para trás. Suas costas encontraram a parede atrás dela, ao lado da janela.

— Por que você está tão interessada em saber sobre ele?

Delilah tentou entender suas perguntas. Ele estava certo. Naquelas poucas semanas, não importa o quanto ela tentasse esquecer, havia algo que chamava sua atenção para a besta. Ela não o conhecia e ele nem sequer a machucou uma vez.

Por que ele não a machucava?

Ela se lembrou da velha senhora, falando dele repetidamente. Não era culpa dela, mas dele. Ele sempre a assustava. Ela o encontrou novamente na noite passada. Por que ela continuava encontrando-o, ouvindo seus rosnados?

— Eu não estou interessada nele. Eu...eu... — Ela estava sem palavras. Por que ela estava perguntando sobre ele?

Ela olhou para Everett. Ele estava esperando pela resposta dela.

— Eu não sei. — Ela sussurrou.

Ele deu um passo para trás, apagou a luz e ficou ao lado da cama.

— Apenas vá dormir. Não pense demais.

Everett estava prestes a subir na cama, mas ela correu até ele e segurou sua mão.

— Mas você não me contou sobre você.

No escuro, ela não conseguia ver sua expressão. Mas podia vê-lo cerrando o punho.

— Solte minha mão. — Ele rangeu os dentes.

Delilah olhou para a própria mão, embora estivesse escuro, pela luz da lua ela conseguia ver.

Ela fez beicinho. Será que ele achava que ela estava suja? Por que ele sempre reagia assim toda vez que ela o tocava?

Ele se sente nojento quando me toca e vê meu corpo nu?

— Você acha que eu sou suja? — Ela não pôde deixar de perguntar.

Everett se virou de repente e a empurrou para a cama, ficando em cima dela. Aconteceu tão rápido que ela não teve tempo para pensar. Delilah sentiu sua respiração em seu ouvido. Seu coração batendo tão rápido, que ele podia ouvir.

— Por que você quer me conhecer? Você tem outro plano em mente? — Ele perguntou com uma voz profunda.

Ela arfou quando ele mordeu sua orelha. As mãos dela estavam colocadas dos dois lados de sua cintura.

— Que plano eu teria? — Ela perguntou com a voz trêmula.

Delilah sentiu ele colocando um pouco de peso sobre seu corpo. Ela queria abraçá-lo daquele jeito, queria perguntar se ele seria seu companheiro de vida. Ela queria conhecê-lo mais. Sobre ele, sua vida, seu trabalho e sua família.

— Você sabe melhor do que eu. — Ele sussurrou em seu ouvido.

Ela aproveitou a chance e descansou as mãos em seus ombros. Todo o corpo de Everett ficou tenso.

— Tire suas mãos.

— P-Por quê? — Ela perguntou.

Ele virou um pouco o rosto e a encarou.

— Tire. Suas. Mãos.

Delilah ficou assustada e lentamente afastou as mãos dele.

— E se você encontrasse a besta? O que você diria a ele já que só pensa nele o dia todo?

— Não, eu não penso nele. Desde o dia em que cheguei aqui, é por causa dele que estou presa nesta floresta.

Ele franziu o cenho.

— Ele te prendeu aqui? — Então ele inclinou a cabeça. — Como?