Você é meu, Ômega romance Capítulo 273

— Não é como se eu não tivesse te visto nua antes.

O lobo de Delilah parecia pequeno na frente dele. Embora ela soubesse que se ele mudasse, seu lobo também pareceria pequeno naquele momento.

Quando Everett viu que ela não estava mudando, revirou os olhos e saiu de casa.

Delilah mudou e correu para o quarto. Ela vestiu suas roupas e olhou pela janela, vendo Everett parado do lado de fora da casa.

Inesperadamente, como se pudesse sentir seu olhar, ele olhou para cima na janela e seus olhos se encontraram.

Delilah desviou o olhar e desceu as escadas, quando Everett entrou em casa. Ela serviu os pratos na mesa e sentou-se em uma cadeira.

Ela não o chamou para vir. Por que ela faria isso? Sempre que ela o chamava, ele respondia negativamente.

Ela não esqueceu como ele estava tomando café da manhã com sua amiga Havana, enquanto a ignorava de manhã.

Delilah estava prestes a começar a comer quando sentiu ele se aproximando da mesa. Everett puxou a cadeira em que sempre se sentava, sentou-se e olhou para ela. Ela virou a cabeça e olhou para ele. Ele a sinalizou com as sobrancelhas para o prato vazio na mesa. Delilah piscou e assentiu para ele. Ela entendeu que ele estava dizendo para ela servir o jantar.

Delilah colocou comida no prato vazio e colocou o prato cheio na mesa na frente dele. Ele pegou a colher e começou a comer. Delilah também não disse nada e silenciosamente jantaram juntos.

Depois de lavar a louça, quando voltou para o quarto, viu ele sentado na cama. Ela silenciosamente subiu na cama e tentou dormir. Ela estava muito chateada. A maneira como sua amiga a insultou, foi demais.

Ele sempre dizia muitas coisas para ela. Ela podia aceitar porque era ele. Mas sua amiga era uma estranha. Ela não tinha o direito de falar sobre seu lobo e posição daquele jeito.

— Por que você estava uivando?

Ela ouviu Everett. Virou-se e olhou para ele. Sua voz estava calma.

Delilah pensou que estava sonhando que sua voz era suave por uma vez.

— Não é nada. — Murmurou e virou-se.

— Você estava perdida no caminho de casa?

Delilah sentiu seu coração pular um pouco. Ele acabara de chamar a casa dele deles?

Ela se sentou e olhou para ele. Ele parecia indiferente, mas sua voz dizia o contrário.

— Sim, me perdi.

— Por que você estava uivando? Estava com medo? — Ele perguntou, enquanto seus olhos acariciavam seu rosto.

Ela olhou para baixo para os lençóis da cama. Seus dedos brincavam com o edredom que cobria seu corpo.

Seu silêncio estava dando a ele a resposta.

— Não disse para não ter medo novamente?

Delilah lembrou que ele disse que se ela não escapasse, a besta nunca a machucaria. No entanto, a besta era ele mesmo. Ele estava falando sobre si mesmo naquela época.

Suas palavras a lembraram da velha que conheceu fora da floresta. Ela disse que a besta sempre uivava e eles sempre ouviam isso. Delilah estava confusa sobre o que ele estava sentindo naquela época.

— Eu ouvi... — Ela pausou e pensou se deveria perguntar a ele ou não.

— O quê? — Ele perguntou.

— Ouvi que você estava uivando todas as noites antes. Bem, você estava se sentindo solitário? Era essa a razão pela qual você uivava?

Os olhos de Everett tremeram um pouco. Delilah olhou para ele cuidadosamente. Ele olhou para fora da janela e depois deitou-se na cama.

— Você deveria dormir agora. Você vai se atrasar.

Delilah o encarou. Ela não sabia por que ele sempre se sentia hesitante em falar com ela. Por que ele não podia se sentir seguro com ela sobre seus segredos?