Você É o Meu Paraíso romance Capítulo 31

O rosto de Elsa estava tomado pela ansiedade; ela segurava o pequeno corpo de Alice com todo o cuidado e carinho.

Alice, que antes ainda demonstrava algum sinal de consciência—franzindo a testa e fungando levemente o narizinho—agora mantinha os olhos cerrados com força, e seus cílios não tremiam nem um pouco.

Desesperada, Elsa passou a mão sobre a testa de Alice novamente. Estava ainda mais quente, quase queimando sua palma!

Ela olhou ao redor, procurando ajuda, mas o saguão de espera já estava vazio; um frio amargo tomou conta do seu coração.

Félix, se algo acontecer com a Alice, eu te juro que vou te levar comigo para o outro mundo!

Ela é tão pequena ainda, Félix... Já não bastou você destruir minha vida antes, agora até a Alice tem que sofrer por sua causa?

Rangendo os dentes de raiva, Elsa tomou coragem e correu em direção aos elevadores do hospital.

Porém, naquele instante, uma enxurrada de médicos surgiu, movendo-se como uma onda e, em um piscar de olhos, Elsa e a criança foram engolidas pela multidão. Ela só pôde segurar firme, protegendo Alice com os braços.

Havia uma agitação enorme; todos se empurravam, e o burburinho era ensurdecedor.

Os médicos estavam visivelmente animados, afastando a multidão como seguranças. Não hesitaram nem um pouco ao encontrar Elsa obstruindo o caminho.

Ela foi empurrada de um lado para o outro, a cabeça girando, sentindo inúmeras mãos em seus ombros e costas. O ar rarefeito fazia Alice se sentir ainda pior; a menina entreabriu os olhos desfocados e chorou baixinho, quase sem forças.

Elsa tentou mudar de caminho e ir pelas escadas, mas já não havia retorno possível.

"Alice, meu amor, não chore, não chore..."

Ela sussurrou suavemente, cercando Alice com os braços para protegê-la completamente.

"Não fique no caminho! Se atrasar o exame do Diretor Duarte e da Srta. Neves, você não vai conseguir pagar!"

O diretor do hospital, atraído pelo choro, lançou um olhar descontente para as roupas simples e gastas do bebê nos braços de Elsa e a empurrou para o lado com impaciência.

Com esse empurrão forte, Elsa quase caiu. Ao ouvir as palavras "Diretor Duarte", ela ficou paralisada no mesmo instante.

Ao ouvir isso, Karina ficou ainda mais vermelha, lançou um olhar de fingida reprovação ao diretor e murmurou baixo: "Que bobagem..."

Apesar de repreender o diretor, seus olhos estavam ansiosos e voltados para Félix, curiosa sobre sua reação.

O diretor, achando que Karina gostou do comentário, preparou-se para elogiá-los ainda mais, mas Félix desviou o olhar e respondeu friamente: "Não fale besteira, é só pelos funcionários."

O diretor, percebendo o erro, retraiu o pescoço constrangido: "Ah, claro!"

Que tolice a minha... Mesmo que o Diretor Duarte goste da Srta. Neves, todo mundo sabe que ele é casado! E eu aqui, brincando desse jeito diante de todos!

Assuntos pessoais do Diretor Duarte não são da minha conta...

O diretor, atrasado, sentiu um suor frio escorrer pela testa.

Enquanto isso, o olhar de Elsa atravessava a multidão, fixando-se nos dois que eram o centro das atenções.