Você É o Meu Paraíso romance Capítulo 477

Será que o trabalho do responsável ao lado dele estava confortável demais? Que falta de percepção.

Bruno ficou um pouco confuso, mas logo ouviu a voz do outro lado da linha, que soou ainda mais fria, fazendo-o sentir um calafrio: "Não foi com você que falei."

"Vou te enviar a placa do carro, entre em contato e investigue o mais rápido possível."

"Entendido, senh…"

"Tu… tu…"

O telefone foi desligado abruptamente.

"No máximo em dez minutos teremos uma pista."

Félix guardou o celular, seu olhar ardente fixo em Elsa.

"Uhum."

Elsa respondeu distraidamente.

Ela sabia que ficar ansiosa não adiantaria de nada naquele momento, mas, sentada ali, seu coração não conseguia se acalmar.

Aquela pessoa nas imagens de segurança tinha ido direto ao quarto de Luciano, isso definitivamente não era coincidência.

Qual seria o objetivo de levar Luciano? Isso a fazia refletir profundamente.

Elsa sentia dor de cabeça e irritação.

Ela massageou as têmporas, e, no instante seguinte, sentiu uma sensação gelada ali.

Eram dois dedos repousando em suas têmporas, massageando suavemente.

Elsa levantou o olhar, surpresa. Gil a encarava com ternura, como se fosse uma daquelas criaturas mágicas dos contos de fadas, capazes de acalmar qualquer dor: "Notei que você não parecia bem, está se sentindo melhor agora?"

Ao mergulhar naqueles olhos azul-claros, era como ser envolvida pelo mar — não para afundar, mas para ser sustentada.

Elsa agradeceu, prestes a pedir para ele retirar as mãos, mas Gil desceu ainda mais, pousando-as nos ombros dela, massageando em movimentos ritmados.

Vanessa, ao ver Gil tão solícito, sentiu que a imagem artística de seu ídolo estava desmoronando cada vez mais. Mas, se fosse por Elsa, talvez até fosse uma bela história.

Elsa sentiu a pressão em seus ombros e ficou tensa.

Gil, enquanto massageava, aproximou-se de seu ouvido e sussurrou: "Relaxe um pouco, esses dias devem estar muito tensos para você."

A voz dele era límpida como um riacho, mas a brisa que soprava de vez em quando fazia os pensamentos de Elsa se dispersarem.

Félix estreitou os olhos, observando os dois no canto da sala.

Gil levantou a cabeça também, encarando Félix quase sem disfarçar.

Os olhares se cruzaram no ar.

Silenciosos, mas como se tivessem travado uma batalha intensa.

Depois de um tempo, Gil arqueou levemente a sobrancelha para Félix e sorriu, despertando por completo o ciúme no coração de Félix, que se sentiu completamente derrotado.

Para Félix, aqueles dez minutos prometidos pareciam uma eternidade.

"Trim, trim—"

"Por que está tão devagar? Trabalha no Grupo Duarte há tanto tempo e ainda não aprendeu a ser eficiente?"

Assim que Bruno atendeu, Félix despejou uma série de críticas severas.

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