Você É o Meu Paraíso romance Capítulo 53

"Ei! Elsa! O que você está fazendo aqui? Veio procurar a Yara, né? Eu já vou chamar ela pra você!"

Mudando totalmente de atitude em relação a pouco, a irmã mais velha saltou animada, apertou o rosto fofinho de Alice com carinho e, satisfeita, foi buscar Yara.

Em poucos minutos, não só Yara, mas também outras irmãs mais velhas que tinham ido se despedir antes, vieram correndo para cumprimentar Elsa, uma a uma, com sorrisos calorosos.

Elsa achou aquela cena divertida e sentiu o coração aquecido.

Ela entregou Alice tranquilamente para as irmãs brincarem, e foi com Yara até um canto mais reservado da casa.

"Yara, talvez eu precise voltar para a minha cidade natal nestes dias, mas não posso levar a menina comigo. Gostaria de pedir que você cuidasse dela por um tempo."

O carinho de Yara por ela vinha unicamente de sua bondade e calor humano, talvez também de uma solidariedade feminina e materna.

Comparada com Nelson e a chamada "babá", Elsa confiava muito mais naquela mulher sincera e generosa.

"Pode deixar! Deixe a menina comigo, vá tranquila. Quando voltar, é só buscar ela!"

Yara respondeu de forma enérgica e acolhedora.

O coração de Elsa, enfim, encontrou paz. Antes de sair, ainda trocou algumas palavras afetuosas com as irmãs.

Alice ficou aninhada no colo de Yara, muito comportada, sem chorar ou fazer birra.

Depois de entregar a mamadeira de Alice e as roupinhas limpas, Elsa pegou o ônibus municipal para voltar para casa.

Colocou duas moedas no cobrador.

O cartão dela estava mais uma vez bloqueado, e o salário do antigo trabalho de limpeza ainda estava lá, mas ela não conseguia sacar.

Encostada na janela, Elsa olhava com tristeza para as árvores que passavam rapidamente do lado de fora.

Quando voltasse desta viagem, teria que dar um jeito de arrumar outro emprego.

Talvez por sentir algo estranho, assim que Elsa desceu do ônibus, as nuvens ficaram espessas e o céu se fechou, escurecendo tudo ao redor.

Logo começou uma chuva fina e constante.

Elsa sentiu as gotas frias caírem na testa e nas orelhas, estremeceu de frio e apressou o passo para entrar na casa e voltar para o lar.

"Tum, tum—"

Ela bateu na porta e ajeitou a franja molhada que caía sobre a testa, abafada e quente.

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