"Usar?"
Elsa franziu as sobrancelhas, percebendo algo estranho nas palavras.
Félix arqueou uma sobrancelha e puxou uma poltrona, sentando-se de modo despreocupado e dominante.
O homem tinha uma presença tão forte que o quarto, já pequeno, pareceu ficar ainda mais apertado.
"Você foi drogada."
Ele apoiou o braço de forma displicente, observando o rosto de Elsa com um olhar curioso e interessado.
Como esperado, ao ouvir isso, a expressão de Elsa mudou, seu rosto se contorceu de forma rígida, os lábios tremendo levemente.
"Afrodisíaco...?" Ela repetiu baixinho, incrédula, levantando o olhar de repente. "Então como você..."
Antes de terminar, suas palavras cessaram imediatamente.
"Como mais a droga poderia ser resolvida?"
Félix soltou um resmungo frio e, entediado, afrouxou a gola da própria camisa.
Só então Elsa notou o decote meio aberto dele, e a suposição que surgiu em sua mente quase a fez desmaiar de novo.
Vendo o olhar de Elsa, como se estivesse prestes a enfrentar uma calamidade, os olhos de Félix brilharam, um sentimento indefinido crescendo em seu peito.
Ele disse friamente: "Chamei o médico particular da Grupo Duarte."
Ao ouvir isso, Elsa relaxou visivelmente.
E justamente esse gesto fez com que Félix semicerrasse os olhos, um perigo surgindo em seu olhar.
"Elsa, preciso te lembrar? Somos marido e mulher legais, mesmo se eu realmente..."
"Seria algo natural!"
As palavras de Félix vieram com uma severidade a mais, seu olhar cortante como lâminas sobre o rosto de Elsa.
"Preciso te lembrar? O acordo de divórcio já está pronto, só esperando sua assinatura!"
Elsa endireitou as costas, rebatendo sem perder a postura.
Félix ficou sem palavras, vendo aquela mulher parecer tão desconhecida.
Ele massageou as têmporas e desviou o olhar: "Elsa, se continuar com essas jogadas, eu também vou me cansar."
Ele suavizou de propósito o tom, mas Elsa percebeu facilmente a ameaça implícita.
"Você sabe se estou brincando ou não."
Elsa riu friamente, ignorando o rosto de Félix que ficou instantaneamente sombrio.
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