Você é o remédio que sustenta a minha vida romance Capítulo 114

Carla usou de ambiguidade ao explicar que o mal-entendido se deu por causa dos excessos anteriores cometidos por Halina...

Ao mesmo tempo, ela demonstrou a sua magnanimidade, não guardando rancor.

Talvez, no coração de Marcos, ele ainda veja nela uma generosidade e bondade, não levando mágoas.

Halina sorriu levemente, sem dizer nada, afinal, ela tinha agido como se tivesse a mente obnubilada, vivendo presa ao passado, acreditando que, com esforço, poderia recuperar a memória de Marcos, o que a fez cometer várias ações que foram mal interpretadas e causaram desgosto.

O que ela viveu durante esse tempo?

Procurando-o todos os dias, caindo nas armadilhas preparadas por Carla, sem ter feito nada, mas acabando rotulada como a irmã malvada, a filha desobediente, até mesmo uma pessoa sem vergonha, sem dignidade.

Isso fez com que Marcos a detestasse cada vez mais...

Refletindo, ela mesma achava que, aquela versão de si, era realmente irritante, como se tivesse o coração coberto por gordura de porco, verdadeiramente detestável.

O amor, quando direcionado à pessoa errada, apenas se transforma num louco.

Carla olhou ao redor: "O cunhado não veio?"

"Ele teve um compromisso."

"Que compromisso é esse que nem para acompanhá-la ao exame pré-natal ele vem? Se não soubesse, pensaria que ele está muito ocupado. Irmã, você não pode ser tão complacente, sabe o quão difícil é uma gravidez, certo? Cada exame pré-natal deveria ter alguém ao lado, como ele pode se manter tão distante disso? Nesse ponto, o cunhado realmente não se compara a Marcos, até mesmo quando a minha perna estava bem, ele insistia em me acompanhar nos exames."

Halina sorriu e disse: "Você tem um bom olho para homens, irmã, eu não posso competir."

Especialista em roubar os homens das irmãs, imbatível.

Carla percebeu a insinuação, mas seguiu a conversa: "Não é questão de olho, é se ele se importa ou não com você, Marcos realmente se preocupa comigo, é por isso que ele cuida tão bem de mim."

Ela olhou para Marcos ao seu lado, seus olhos cheios de amor.

Marcos apenas sorriu de canto: "Você não disse que precisava de voltar ao trabalho? Vamos?"

"Claro."

Após se despedirem, eles não tinham andado muitos passos quando Carla começou a reclamar de dor na perna, pedindo para Marcos carregá-la.

Ao ser levantada por Marcos, ela olhou para trás, para Halina não muito distante, com um sorriso presunçoso.

Halina respondeu com um sorriso, permanecendo imóvel.

Pensando nisso, ela respondeu irritada: "Você não veio especialmente aqui para me insultar, não é? Sim, eu agi como se tivesse sido cegada pela gordura de porco, causando problemas para você, sempre me intrometendo demais nos seus assuntos, eu já sei de tudo isso, não precisa se dar ao trabalho de me dizer pessoalmente."

Lembrando-se do que Carla disse, que Marcos e Senhora Ferreira expressaram não querer mais vê-la.

Ela realmente sentiu como se estivesse sendo excessivamente intrometida.

Marcos não esperava uma reação tão intensa da parte dela, mas havia um sentimento de culpa indefinível em seu coração.

Provavelmente por causa do mal-entendido com a alergia.

Naquele dia, sua atitude realmente não foi das melhores...

"O negócio da alergia, foi um mal-entendido meu, eu vim pedir desculpa."

Desculpar-se?

Halina ficou surpresa.

Isso era diferente do que Carla havia sugerido, mas, pensando melhor, provavelmente era mais um dos truques de Carla, sendo uma coisa na frente e outra por trás.