Você é o remédio que sustenta a minha vida romance Capítulo 490

Francisco bateu a porta com força e saiu, enquanto Fernanda se acomodou no sofá, sentindo como se toda a sua energia tivesse sido drenada.

Carla, que estava escondida e escutando tudo do andar de cima, desceu correndo, "Mãe, você está bem? Não me assuste."

A expressão no rosto da mãe estava particularmente perturbada. Fernanda olhou para ela, e as lágrimas de mágoa começaram a brotar, "Carla, seu pai quer se divorciar de mim. Eu errei, mas será que ele precisava me deixar por algo tão pequeno? Ele está fazendo isso de propósito, pegando no meu pé por qualquer erro, querendo se livrar de nós duas. O que vamos fazer agora?"

Ela não queria voltar aos dias de pobreza, preocupando-se se haveria comida para o dia seguinte ou onde morariam.

Era tudo o que ela tinha conquistado com tanto esforço, não podia simplesmente entregar para alguém tão facilmente.

Carla a abraçou, batendo em suas costas de forma reconfortante, "Não chore, você ainda tem a mim, não é?"

"A gente ainda tem o sobrado, não tem? Mesmo que você tenha mexido naquela quantia, o sobrado ainda está lá. Podemos vendê-lo, devolver o dinheiro para a conta conjunta, talvez o papai não fique tão bravo. Vou tentar falar com ele nos próximos dias."

Fernanda ainda tinha lágrimas em seus olhos, mas se sentiu um pouco mais confortada com essas palavras, "Certo, ainda temos o sobrado. Vamos vendê-lo o mais rápido possível, recuperar o que pudermos."

*****

A noite era escura, sem nenhuma estrela visível, e as nuvens pesadas tornavam o ar sufocante.

O cheiro ruim do esgoto do velho bairro subia, enchendo o ar de mau cheiro.

Halina tapou o nariz e boca, conferindo o endereço enviado por Fernanda. Era ali mesmo.

Paloma, Halina tinha visto ela apenas uma ou duas vezes na infância.

Sempre em festas de aniversário de Fernanda, onde apareciam algumas pessoas com roupas simples, como se viessem do interior.

Fernanda sempre se apressava em despachá-los, e em uma ocasião, quando ela e Carla os encontraram, Fernanda apresentou-a como uma tia de segundo grau, uma parente distante.

Francisco também havia perguntado sobre isso.

A explicação de Fernanda foi que essa prima havia se casado no campo, e que o marido era viciado em jogos, vivendo em pobreza extrema e vinha pedir dinheiro emprestado para sobreviver.

Francisco nunca se importou muito com essas coisas, então não perguntou mais.

Ela precisava encontrar Paloma o mais rápido possível, para evitar mais problemas.

Halina se aproximou do prédio, procurando pelo número 159.

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