Ele, no entanto, mantinha um sorriso nos lábios, mas suas palavras não carregavam nenhum tom de brincadeira.
Elvis não deu importância, chegando até a reagir como se tivesse ouvido uma piada.
Quem acreditaria que um playboy acostumado à vida boêmia poderia levar algo a sério?
Ele jamais entregaria Halina nas mãos de um cafajeste.
"Então, vou te dizer: se você ousar enganá-la, machucá-la, vou fazer você pagar cem vezes mais caro." Elvis deixou a ameaça no ar e se virou para ir embora. Assim que abriu a porta do carro, ouviu novamente sua voz.
"Elvis, você tem medo que eu a machuque ou teme que ela realmente se apaixone por mim?"
Ao ouvir isso, Elvis franziu as sobrancelhas.
Logo depois, um ar de deboche passou por seu olhar: "Confio que o gosto dela não é tão ruim assim."
Ricardo: "…"
Após a saída de Elvis, o motorista voltou para o carro e encontrou o Sr. Ricardo com o rosto fechado, claramente contrariado.
O motorista permaneceu em silêncio, mas o Senhor Ricardo reclamou: "Onde foi que você arranjou esse roteiro de falas? Não serviu para nada! Nenhum progresso!"
O motorista começou a suar frio. "Sr. Ricardo, o senhor só está começando, faz dois dias. Conquistar uma moça é uma tarefa demorada."
"Que incômodo."
Ele franziu a testa, pensando na atitude de Halina, tão fria quanto uma pedra, impossível de derreter.
Antes, ele nunca achou difícil conquistar mulheres — não eram elas que sempre se ofereciam?
Por que, com Halina, nada parecia dar certo?
O motorista tentou consolar: "Se o senhor demonstrar sinceridade, Srta. Azevedo vai perceber e, com certeza, ficará tocada."
Ricardo ficou em silêncio, olhando pensativo pela janela do carro.
***
Edifício Comercial Luk, escritório da presidência.
Daniel foi receber Elvis no elevador e logo percebeu que ele emanava uma aura pesada e opressiva. O Senhor Veloso não tinha ido, logo cedo, acompanhar a Srta. Azevedo no pré-natal?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Você é o remédio que sustenta a minha vida
Não vai actualizar?? Não tem mais capítulos?...