Do lado de fora da sala de emergência.
O coração de Halina estava apertado, ela não tinha certeza se, desta vez, Junior sairia ileso.
Ela não vinha há alguns dias e, ao vê-lo novamente, percebeu que ele estava abatido e frágil.
Momentos antes, Junior jazia em uma maca, o rosto pálido como papel, as mãos completamente frias.
Ao se recordar da temperatura das mãos dele, o coração de Halina se contorceu de dor.
Sentou-se em um banco, tentando se acalmar ao máximo.
De repente, sentiu um calor sobre seus ombros.
Uma peça de roupa foi colocada sobre ela, envolvendo-a.
Ricardo sentou-se ao seu lado. Ele não sabia consolar as pessoas. "Já ouviu aquele ditado? Gente boa morre cedo, peste dura a vida inteira."
Halina: "……"
O que ele queria dizer? Que o pai dela era uma peste?
O próprio Ricardo percebeu que a comparação fora inadequada e contraiu os lábios. "Hã, quero dizer, pessoas como seu pai, com a vida dura, são como… como um jabuti…"
Halina: "Você está chamando quem de jabuti?"
Diante do olhar de desaprovação dela, Ricardo se explicou: "Jabuti vive muito tempo."
Halina lançou-lhe um olhar de desprezo. "Se não sabe o que falar, é melhor calar a boca. Ou, então, vá olhar sua perna, está sangrando. Não sente dor?"
Ela notou que o ferimento da perna dele, que ainda não estava curado, agora sangrava de novo.
"Você percebeu? Mas nem um pouco comovida? Eu corri feito um louco até o terraço por sua causa, não liguei para o machucado, ainda carreguei seu pai nas costas escada abaixo."
Ricardo não conseguia deixar de expor o que fizera, precisava que ela soubesse.
No entanto, já que ela notara o ferimento e ainda assim permanecia calma, era tão fria quanto ele.
Halina franziu a testa. "Estava pensando em quem trancou a porta. E como você apareceu lá?"
Quando olhou para ele, havia um brilho travesso no olhar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Você é o remédio que sustenta a minha vida
Não vai actualizar?? Não tem mais capítulos?...