Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 17

Ophelia colocou o brinquedo para gatos de lado e levantou-se para sair.

Gregório estava na sala de estar, levantou o pulso para olhar o relógio e, com o canto do olho, viu-a e levantou as pálpebras: "O que você tem comido para se cuidar, que está assim tão imponente? Precisei voltar pessoalmente para te buscar?"

Ophelia respondeu: "Você não precisava ter voltado."

Gregório, como se não levasse a sério sua ironia sutil, notou os pelos de gato em sua roupa e franzindo a testa, passou-lhe uma caixa achatada.

"Faltam vinte minutos, suba e troque de roupa."

Ophelia não pegou a caixa, abriu a torneira e calmamente começou a lavar as mãos: "Já lhe disse que não vou".

Mas Gregório estava estranhamente paciente naquele dia: "Você quer que eu a ajude a se trocar?"

Ophelia mordeu o dente e se virou para olhar para ele: "Será que nosso relacionamento ainda precisa que façamos isso juntos? Para quem estamos agindo?"

O olhar de Gregório também ficou frio: "Você acha que estou aqui para jogar um jogo de casal feliz com você?"

Ela queria dizer sim, mas Gregório sorriu ironicamente.

"Você está pensando demais, não tenho tempo para isso."

"Quer você goste ou não, você ainda é minha esposa, Gregório. Manter as aparências em eventos sociais é etiqueta básica."

Ele jogou o vestido no sofá: "Faça sua parte".

Ela estava sendo enganada, ele não tinha tempo para peças de amor.

Ele só a estava levando porque ela era a Sra. Ophelia Pascoal, e sua ausência causaria uma mancha nos costumes e no rosto da família Pascoal.

Ophelia pegou seu vestido e subiu as escadas.

No carro a caminho da Família Cabral, ela passou todo o trajeto olhando pela janela, sem dizer uma palavra a Gregório.

Durante o percurso, o olhar de Gregório passava ocasionalmente por ela.

O vestido que ele escolheu era de um azul claro que se mesclava com o branco do cetim delicado, elegante e fresco, combinando perfeitamente com a aura etérea de Ophelia.

Ela poderia achar que estava realmente irritada, mas para os outros, parecia apenas um gatinho olhando para alguém, totalmente inofensivo.

Como agora.

Gregório riu, sem saber de onde vinha a paciência para provocá-la: "Um olhar bonito, tudo bem?"

"..."

Ophelia virou a cabeça para o lado, sem querer falar com ele.

Apesar do desentendimento, quando saíram do carro, ela colocou a mão no braço de Gregório e sorriu, com naturalidade e habilidade, como uma atriz treinada.

O Sr. Rodrigo, agora com mais de oitenta anos e comemorando um bisneto recente, estava radiante e vigoroso.

Gregório levou Ophelia para cumprimentá-lo, e o velho riu: "Quando nosso vinho desaparece da adega, sei que é você, rapaz, que está de volta".

Gregory respondeu: "Não me acuse injustamente, eu não faço essas coisas."