Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 44

Num momento, a paisagem lá fora era de um neve pesada caindo, e ela estava sob o corpo ardente e poderoso de um homem, seus suspiros baixos e leves sendo devorados por beijos incessantes. Ele murmurava em seu ouvido com uma voz tão suave que parecia poder espremer água, chamando-a suavemente: "Ophie..."

Em outro momento, ela estava no meio de uma multidão agitada e cheia de risadas, sentindo-se como um caracol nu sem sua concha protetora, desconfortável e em pânico.

E Gregório, como um deus celeste, sentado em um brilho deslumbrante, com um sorriso frio e cruel nos lábios, sua voz dispersa como um sussurro demoníaco, ecoando com a ameaça de tortura:"Se não posso ter quem eu queria, por que não posso me contentar com outra pessoa?"

...

Ophelia acordou de um turbilhão de tristeza, sentindo um frio no rosto. Ao tocar, percebeu que eram lágrimas.

Seu peito parecia vazio, como se uma parte tivesse sido arrancada, e uma dor surda se espalhava por seus membros, atormentando seus nervos.

Ela não sabia como preencher esse vazio.

Naquela noite, ela mal conseguiu dormir, cada vez que fechava os olhos, as imagens de Gregório, tanto boas quanto más, invadiam sua mente.

Seu sono intermitente fazia com que acordasse de manhã com uma terrível dor de cabeça.

Ao ir para o trabalho, todos que a viam perguntavam: "Você está pálida, está tudo bem?"

Ophelia respondia que tinha dormido mal, e Rute, sem surpresa, comentou: "Você está com insônia de novo? Aquele remédio tradicional que te indiquei não tinha ajudado? O que houve?"

Recentemente, o sono de Ophelia realmente estava perturbado. Talvez porque Gregório tinha voltado.

"Você quer café?" ela mudou de assunto, "Posso pegar um para você."

"Claro," Rute se distraía facilmente, "E eu quero uns salgadinhos picantes para me animar."

Ophelia foi até a máquina automática comprar um café enlatado, e por coincidência, só restava uma lata.

Ela tentou escolher outra coisa, mas nada mais lhe apetecia, então pegou uma bebida de café aleatória. Infelizmente, a máquina estava com defeito e a lata ficou presa.