Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 548

Alberto decidiu vir de última hora.

Sua tia havia se casado naquela região e recentemente passara por uma cirurgia, então ele foi visitá-la. Embora a cidadezinha não fosse tão desenvolvida quanto a Cidade Nascente, tinha a seu favor uma paisagem deslumbrante. Isidoro planejou passar uns dias se divertindo com ele, mas, sem conseguir comprar passagens de última hora, viajaram de carro.

Ao vê-lo, a tia logo se preocupou com sua vida amorosa.

Alberto já tinha passado dos trinta e ainda não havia resolvido sua situação amorosa. O interesse da família em arranjar-lhe parceiras era evidente, e Alberto sempre se mostrava cooperativo, embora não exatamente entusiasmado. Após alguns encontros, geralmente recebia uma recusa educada através de intermediários, com desculpas como incompatibilidade de personalidades ou falta de química.

Sua mãe havia ligado para a tia, que estava muito preocupada e disse que conhecia uma amiga cuja filha também trabalhava na Cidade Nascente e estaria de volta para o Ano Novo.

"Ela trabalha na mesma área que você, com certeza terão muito o que conversar."

Alberto ficou sem saída: "Eu vim para te ver, não para procurar um par."

Mas a tia insistiu: "Ah, vai lá. A Tarsila é tão divertida. Da última vez que jogamos buraco juntas, eu ri até doer."

"Tarsila, né?" Alberto se lembrou, o endereço de Tarsila Fagundes era mesmo ali.

Ele foi, claro, sem imaginar que aquela seria uma experiência de encontro tão única.

Tarsila Fagundes havia postado um print de sua tentativa frustrada de comprar passagens, provocando reações entre seus amigos online.

Nileson Cabral: "Sabia que o ar estava mais puro esses dias, era você que tinha ido embora."

Tarsila Fagundes: "Estava me perguntando porque meu ins estava fedendo, deve ser porque alguém soltou uma."

Isso enfureceu Nileson, e os dois trocaram farpas por várias páginas, o que ajudou Tarsila a desabafar sobre sua frustração por não conseguir as passagens.

Na manhã do terceiro dia do Natal, ela ainda estava dormindo quando Alberto ligou. Ao ver o nome dele, sentou-se imediatamente, limpou a garganta, tentando esconder que ainda não tinha levantado.

"Chefe, bom dia," ela disse, com uma voz tão profissional que parecia uma atendente de telemarketing.

"Funcionária, bom dia," respondeu Alberto. "Estou de volta hoje, quer carona?"