Volta! Volta!!! A Nossa Casa romance Capítulo 550

Quando se encontraram novamente, foi no retorno ao trabalho após o feriado. Tarsila Fagundes cruzou com o Gerente no térreo, enquanto esperavam juntos pelo elevador. Assim que as portas se abriram, lá estava o capitalismo personificado.

Ela quase havia esquecido, mas ao ver o rosto de Alberto, aquele beijo inexplicável dentro do carro reviveu em sua memória.

De repente, ela se viu incapaz de caminhar normalmente, seus membros descoordenados, suas mãos pareciam estranhas, não importava como as posicionasse, até que finalmente se contorceu para entrar no elevador.

Alberto agiu como se nada tivesse acontecido, enquanto o Gerente se esforçava para puxar conversa, recebendo de volta apenas uma ou duas respostas cordiais.

Tarsila Fagundes ficou à frente, de costas para eles, e ao chegarem ao seu andar, ela se espremeu contra a parede do elevador, fazendo uma reverência quase servil: "Patrão, pode passar primeiro."

Alberto lançou-lhe um olhar antes de sair.

Por coincidência, ao descer para almoçar com os colegas no meio do dia, Tarsila Fagundes o encontrou novamente.

Alberto dispensou uma atenção paternal aos colegas, perguntando onde iriam almoçar. Uma delas, mais desligada que ela, revelou que Tarsila poderia comer dois pratos de feijoada numa única refeição, o que rapidamente foi compartilhado com Alberto.

A atenção de Alberto naturalmente mudou de direção: "Tarsila Fagundes está tão quieta hoje?"

Ela, ainda embaraçada sobre como agir na presença dele, apontou para a própria garganta, fazendo uma voz rouca: "Estou resfriada, perdi minha voz."

Com um sorriso que não era bem um sorriso, Alberto comentou: "Quando estava ao telefone xingando o marido da sua amiga, sua voz estava bem alta, eu ouvi do escritório."

Tarsila Fagundes: "..."

Que ouvidos de tinhoso você tem.

"Foi a emoção, levantei a voz só um pouquinho."

Alberto: "Ué, e sua voz? Melhorou assim tão rápido?"

"............"

Droga.

Os colegas ao lado, tentando conter o riso, tremiam os ombros. Assim que o elevador chegou, Tarsila Fagundes saiu disparada como se estivesse sobre rodas de fogo.

Durante uma reunião, Tarsila Fagundes acabou sentando-se em frente a Alberto.

Os novos colegas, ainda não desgastados pela vida, mostravam-se entusiasmados com o trabalho, criando apresentações de PowerPoint bastante elaboradas.

Nos rostos dos colegas ao redor, lia-se o mesmo pensamento: "Me empresta esse template para eu copiar".

Tarsila Fagundes torceu o nariz, pois a ingênua colega que havia sido incumbida de orientar já havia caído na sua lábia graças à vantagem de estar mais próxima.

Até então não havia notado, mas os lábios de Alberto eram realmente atraentes, com um contorno em M bem definido e o lábio inferior volumoso e tridimensional, macio ao beijar.

Afinal, quem não gostaria de trocar um beijo com um homem bonito?