Whisky Chocolate romance Capítulo 383

Rita não tirava os olhos dele.

Ela não sabia se todos os gêmeos no mundo eram idênticos, mas Adrian e Labareda Pequena diante dela pareciam ter sido moldados na mesma forma.

Será que realmente existem duas pessoas tão parecidas assim no mundo?

Rita não acreditava.

Mesmo que Vicente dissesse que tinha visto Adrian quando criança, ela confiava mais em sua própria intuição.

Para Labareda Pequena, se sua presença não era suficiente para que ele a reconhecesse, então Florival seria? Florival era o irmão que Labareda Pequena mais valorizava.

Ela fixou o olhar em Adrian.

O jovem olhou para a água em suas mãos, parou por um momento, e então levantou a cabeça lentamente, com uma expressão de dúvida e pergunta: "Quem é Florival? Serra AM é em Cidade Litorânea, mas quem é Labareda Pequena?"

Rita arregalou os olhos.

Era tudo uma atuação impecável dele, ou ela era muito ingênua para perceber? Ela não conseguia encontrar uma falha sequer no olhar de Adrian.

Ele interpretava um estranho perfeitamente.

Rita apertou o queixo.

Adrian, vendo que ela não falava, virou-se novamente para ir embora, temendo que ela continuasse a insistir.

Rita, sem expressão, voltou para o grupo, e Vandria a segurou, murmurando baixinho: "Chef Rita, olha, o Vicente tá aqui, você deveria esperar o fim do treinamento militar para falar com Adrian."

Vandria suspirou resignada.

Não tinha jeito, sua amiga era uma encrenqueira?

Embora se sentisse mal por Vicente e achasse que Chef Rita não deveria fazer isso, ainda assim, tinha que encobri-la. Era frustrante.

Mas assim que terminou de falar, Rita disse: "Não tem problema."

Vandria: ?

Rita era de poucas palavras, mas não rejeitava quem se preocupava com ela, então explicou: "Ele entende."

Vicente, ao ver Adrian, já tinha entendido o motivo.

Vandria: "..."

Ela torceu os lábios: "Chef Rita, o que você fez com Vicente para ele aceitar que você persiga outro cara?"

Rita: "...Nada."

Na verdade, foi ele quem lançou sobre ela uma maldição de "morrer se não namorar".

Rita, ao pensar nisso, sentia-se um pouco sufocada. Esse sentimento de ser forçada a gostar de alguém... Era algo que ela menos gostava.

Mas agora, por que parecia não ser tão ruim assim?

Ela ficou confusa e arregalou os olhos, caminhando de volta para o grupo.

À distância.

Sr. Domingos estava em um dilema.

Ele estava parado, andando em círculos de preocupação.

Ao lado, Sr. Marcos perguntou: "O que você tá fazendo?"

Sr. Domingos olhou para Rita e disse: "Olha, ela tá levando água pros rapazes da outra turma de novo!"

Sr. Marcos: "Deixa ela, ué. Na faculdade não tem essa de proibir namoro, por que você tá se preocupando tanto?"

Sr. Domingos: "...Você não entende!"

Rita era a cunhada, e ela estava oferecendo água para outros. Deveria ele contar ao Chefe Pacheco?

Se não contasse, deixaria o Chefe Pacheco com um chapéu de corno?

Mas se contasse... a cunhada poderia ficar com raiva dele.