O Labirinto de Amor romance Capítulo 12

Muitas coisas correram mal recentemente, e eu não sabia como lidar com elas. Então, eu fui direto falar com Esther Gomes.

No Bar de Tempo.

Ainda era cedo e poucas pessoas passavam por aqui. Esther pediu um coquetel e me entregou:

- Por que está aqui a essa hora? O que está acontecendo?

Olhando para o palco de pole dance, com aquela música alta e pessoas gritando, resolvi largar o coquetel que ela me entregou, disse a ela:

- Nada, vim para conversar com você.

- O Guilherme está te maltratando de novo? Se você realmente não puder viver com ele, você deve se divorciar. É tão bonita, não acha que merece alguém melhor? Por que convive com uma escultura gélida para o resto da vida, você não está cansada?

Esther sempre foi direta ao ponto, e ela era minha melhor amiga e experimentou muitas coisas comigo. Ela vive uma vida verdadeira e não pode me ver afundar em um relacionamento com Guilherme. Eu lhe entreguei o exame de ultrassom e disse, um pouco desesperada:

- Mesmo bonita, que homem ia querer ficar comigo se eu tiver um filho?

Ela pegou o exame de ultrassom da minha mão e, ao observá-lo com cuidado, disse com os olhos arregalados:

- Seis semanas? Você não transou com Guilherme, não é? Por que está grávida?

- Você se lembra daquele dia, no mês anterior, quando eu estava bêbada e Guilherme veio me buscar? - Eu disse, ao tirar o exame das mãos dela.

Ela arregalou os olhos, estava surpresa. Disse:

- O que você vai fazer agora?

Eu balancei minha cabeça, eu também estava confusa com a situação atual.

Esther disse:

- Aborte-o! Você e Guilherme não são a mesma coisa. Rodrigo já se foi. Se você ficar com este bebê, o infortúnio irá acontecer mais cedo ou mais tarde. Faça o aborto e peça o divórcio. Sua vida é longa, não pode amar somente uma pessoa.

Eu estava distraída, vendo o bar ficando mais cheio. Eu olhei para Ester:

- Atenda os clientes, eu vou ficar por mais um pouco.

Ela parou de falar quando percebeu que eu não estava escutando. Trocou o coquetel por suco enquanto me olhava.

Estava ficando tarde e o bar estava ficando agitado. Ester estava muito ocupada para cuidar de mim, então eu encontrei um canto para sentar.

Eu olhei para os homens e mulheres sob as luzes, me perdi em meus pensamentos.

Não reparei quando houve uma confusão no bar. Recobrei a atenção quando ouvi os gritos e barulhos altos.

Eu não tinha percebido que alguns vagabundas tinham entrado e estavam rodeando Esther, causando problemas. Vários clientes foram embora e a música havia parado.

No canto onde eu estava, no escuro, era difícil de me ver. Eu vi Ester cercada por alguns malandros que portavam bastões de madeira.

Eu sabia que eles vieram aprontando, mas Esther estava calma. Ela olhou para eles e disse:

- Vocês vieram para fazer bagunça ou para se divertirem?

- Estou aqui para brigar, garotinha, tem coragem para brincar com a gente? - O líder dos vagabundos disse com um sorriso mau, então tentou tocar o rosto de Esther.

Paft! Antes que ele tocasse Esther, eu atirei no braço dele com o copo de suco.

Se recuperando do golpe, ele gritou de dor e disse:

- Quem me acertou?

- Eu! - Me levantei e fui até eles. Esther olhou para mim, parecia preocupada, disse:

- Por que você ainda está aqui?

Eu estava sem palavras. Ela achou que eu já tinha ido embora.

Olhei para ela e disse:

- Se não estivesse aqui, onde estaria?

- Estúpida! - Esther deixou uma palavra enquanto me defendia:

- Quando a briga começar, dê um jeito de fugir daqui.

Eu não a refutei pois sabia que ela estava preocupada comigo, mas disse para o vagabundo que eu havia acertado:

- Um monte de homem incomodando uma garota, acha certo isso?

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