O Labirinto de Amor romance Capítulo 14

Sabendo que ele estava zangado, me despedi de Esther em voz baixa, depois me dirigi com cuidado até ele e disse com a cabeça baixa:

- Obrigada.

Ele me deu uma olhada fria, com os olhos profundos e escuros, sem revelar nenhuma emoção e disse, indiferente:

- Entre no carro!

Não me atrevi a dizer mais nada e entrei no carro com obediência.

Esther me enviou uma mensagem de que ela tinha chegado a casa, quando tínhamos percorrido a maior parte do caminho. Respondi pedindo para ela dormir cedo. Vendo a vista fora do carro, estávamos também chegando à mansão.

Dei uma olhada furtiva ao homem ao meu lado, que estava com uma aura fria como de costume. Era natural que eu tivesse de me manter calada antes que ele iniciasse a conversa.

Ele estacionou o carro quando chegamos à vila e entrou na vila de imediato. Eu passei a segui-lo e disse depois de pensar um pouco:

- Guilherme, achava que estava bêbedo, então liguei para o Dr. Vinícius. Não tive outras ideias.

Embora essa explicação fosse um pouco redundante, eu a disse a ele. Eu sabia que mesmo que não lhe explicasse, ele não se importaria.

De repente ele parou e se virou para mim. Com os olhos entrefechados, disse em voz baixa:

- Outras ideias? Acha que Vinícius vai se interessar por você?

Ele me bloqueou apenas com uma frase, fiquei estupefacta por um momento e incapaz de dizer qualquer coisa.

Ele está certo. Sem mencionar que Vinícius é o amigo íntimo de Guilherme, e eu ainda sou a esposa nominal de Guilherme. Mesmo que não seja, Vinícius não se interessará por mim.

Para Guilherme, eu sou tão pobre quanto a poeira no chão. Se Rodrigo não tivesse tido pena de mim, eu não teria sido nem um pouco qualificada para conhecer Guilherme, quanto mais para casar com ele.

Vendo que eu não lhe respondi nada, Guilherme ia subir a escada depois de me dar uma olhada fria.

De repente, ele parou depois de dar alguns passos, parecendo que se lembrou de algo. Virou a cabeça para mim e disse:

- Vá comprar uma ceia no Vignoli Norte.

Fiquei congelada. Por que ele não disse isso a caminho de casa? A mansão fica na direção completamente oposta do Vignoli Norte, além disso, é madrugada agora e eu tenho de percorrer a meia cidade para lhe comprar uma ceia?

- Tem de o comer agora? Já é madrugada, talvez esteja fechado.

- Aberto 24 horas. - Sem me deixar dizer mais nada, ele subiu a escada depois de dizer isso.

Na verdade, ele apenas queria me torturar em vez de comer.

Mas, no final, era eu que estava errada e, após uma pausa, saí da vila para ir lá de carro.

Era a época de chuva e o ar estava quente e úmido. Parecia que ia chover. Eu tinha planejado dirigir o jipe de Guilherme, mas a chave foi levada para o escritório com ele, então eu não tinha escolha senão ir até a garagem e levar um carro de chassi baixo.

Era uma hora da madrugada. Tendo atravessado quase toda a cidade, consegui comprar a comida. No início, fiquei feliz por ter sorte de não ter chovido.

No entanto, começou a chover fortemente logo depois de eu sair do Vignoli Norte. Era chuva torrencial, com relâmpagos e trovões incessantes.

Dirigindo o carro, eu estava a caminho de casa. Como muitos túneis e estradas podem ser inundados na estação de chuva na Cidade de Rio, eu me desviei dos túneis de propósito. Embora a distância fosse prolongada, o carro não ia ser inundado.

Mas eu nunca pensei em que o carro quebraria a caminho de casa. Como fiz um desvio e conduzi devagar, ainda me restava a maior parte do caminho até a vila. Com a chuva forte, eu parei em um lugar muito afastado, não parecia ser possível apanhar um táxi rapidamente.

Dei uma olhada no celular e descobri que a bateria estava muito fraca. Não podia fazer nada exceto ligar para Guilherme.

Ninguém atendeu a chamada depois de o celular tocar várias vezes. Vendo que o celular estava prestes a desligar, eu tive que sair do carro com a ceia e passei a caminhar de volta pela estrada, com um guarda-chuva que eu peguei no carro.

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