Segredos de Família: Herdeiros Dominadores romance Capítulo 32

Simon vestiu calças frouxas e brancas de seda e a camiseta do mesmo tecido, escovou os cabelos de frente a penteadeira, no closet mergulhado em silêncio, Raphael parado a porta, os braços cruzados.

— Não ligue para isso— Disse ele cortando o silêncio— Vamos dar um jeito. O Conselho não vai fazer isso realmente.

— Eles não podem. Meus pais...

— Sim, filho de Phenelope não é? Ouvi falar dela— Deu um sorriso— A dor de cabeça do Conselho e...— Mas Raphael foi interrompido por um barulho.

Simon parou de escovar os cabelos, pousou a escova na penteadeira e prestou atenção ao barulho, eram sons de correria e vozes exaltadas.

— O que significa isso?— Sussurrou.

Raphael correu para sua cama, apanhou a máscara e abriu a porta, Simon veio atrás. Submissos corriam de um lado ao outro. Raphael parou um garoto que vinha correndo.

— O que houve?

— Um Dominador— Disse o garoto ofegante— Um Dominador na Academia. Quebrou... Quebrou os portões.

— Merda!— Raphael saiu correndo pelo corredor, Simon olhou assustado para todos os lados.

— Simon!— A voz estrondou por todos os lados— Simon!— Um frio desceu pela coluna de Simon. Aquela voz... Aquela voz— Simon, cadê você?!

Simon correu. Abriu caminho entre os rapazes com os braços e chegou ao alto da escadaria. Submissos e funcionários da Academia se aglomeravam atordoados pela varanda circular em volta, e no saguão abaixo, alguns Submissos protegendo o rosto, como haviam sido instruídos a fazer. E para o choque de Simon, Christian estava parado, no meio da escada, com dois funcionários desacordados aos seus pés, com os narizes quebrados.

— Christian! O que...

— Vem— Simon desceu as escadas correndo até ele e caiu em seus braços— Precisamos ir embora daqui. Agora.

— Christian, não— Raphael parou atrás de Simon, usando a máscara— Se tira— lo daqui estará comprando briga com o Conselho. Não faça isso.

— Cala tua boca— Christian disse entre dentes, ameaçador— Vamos embora.

Simon foi levado por Christian para fora da Academia. Olhou surpreso para os portões caídos ali, e o carro no meio do pátio. Christian havia invadido o local e constatou horrorizado.

Mas seu horror aumentou quando viu os nove carros pretos e blindados parados na entrada do local. Homens mascarados de terno mantinham— se imóveis nos limites da entrada, como se sua entrada não fosse permitida. Porque eles são Dominadores, pensou Simon olhando para cada um deles.

— Christian Smith— Um homem alto e forte, com um terno elegante deu um passo à frente, seus pés tocaram o pátio e os homens atrás dele e nos Submissos prenderam a respiração, como se aquele simples gesto fosse algo horrível. Mas o homem não se abalou.

— Devolva o rapaz para a Acadêmia, entenda que queremos apenas o seu melhor.

— O meu melhor?! Vocês não sabem nada de mim! Saiam da frente, agora!

— E permitir que leve o garoto? Despreparado? Vocês têm poucos dias para o Ritual. Acreditamos, porém, que o garoto não está preparado.

— Quem decide isso sou eu seu babaca. Tire os carros da frente. Agora.

O homem deu um passo atrás.

— Eu, peço que não faça isso. Seria uma afronta a...

— Cara, pouco tô me fudendo para o que tu vai dizer— Christian abriu a porta do passageiro e sinalizou para Simon entrar, o garoto obedeceu, o coração a mil— Saiam da frente. Agora.

E entrou no carro. Ligou os motores.

— Coloque o cinto— Ordenou e Simon obedeceu. A última vez que vira Christian fica tão furioso quando quase mata Alex.

Ele acelerou e girou o carro e ficou de frente com a parede humana. E acelerou com tudo, o carro rugiu e seguiu em frente, os homens correram para os lados, e Christian passou por eles, raspando os carros dos dois lados, arrancando os retrovisores.

Thomas passou os dedos pelos cabelos de Matthew. Estavam sentados na sala, vestidos novamente, vendo um filme na tv.

—Você está calado demais— Comentou, cortando o silêncio entre eles.

—Desculpe— Deu um sorriso e um beijo— Só estava pensando na gente.

—Em quê exatamente?

Matthew suspirou e se virou para ele, segurou suas mãos.

—Eu sei que estou apaixonado por você— Eu também, disse Thomas decidido— olha só, não quero que se assuste. O que vou falar é só uma suposição. Não é algo que eu quero agora, e sei que nem você... Hipoteticamente falando, se eu o pedisse em casamento, você aceitaria?

Thomas respirou fundo. Seu coração começou a dar saltos fortes e seus olhos brilharam. Ele estava mesmo tocando naquele assunto? Então ele queria um futuro para eles, certo?

—Eu aceitaria, sem dúvida alguma— E inclinou—se para dar lhe um beijo— Você é um sonho?

—Espero que não— Matthew o puxou para seu colo e o envolveu com seus braços fortes— Não tenho medo de encarar o mundo como eu sou. Você tem?— Thomas fez que não com a cabeça— Formamos uma dupla infalível.

Thomas suspirou e sorriu. Encostou sua cabeça no tórax musculoso do rapaz. Ele tinha um cheiro bom, que não era resultado de perfume ou desodorante. Era o cheiro de Matthew. Um cheiro próprio e bom.

—E sua família? — Thomas perguntou— O que eles achariam disso?

—Não sei. Mas quem se importa? Isso é um assunto apenas meu e seu. Não pode haver mais pessoas nisso. Esse é nosso espaço. Nosso mundo.

Matthew beijou o topo da cabeça de Thomas.

—Existe alguma chance de algum dia formamos uma família?

—Com filhos e tudo mais? Claro— Matthew respondeu animado— Vamos adotar. E eles serão perfeitos, como você.

Thomas sorriu.

—E como você. E como irão se chamar?

—Eu escolho um e você outro.

Thomas assentiu.

—Brandon.

—Michael.

Thomas ergueu a cabeça e beijou Matthew mais uma vez.

—Quero brincar de novo— Matthew disse com um sorriso safado.

—Então vamos em frente.

Thomas ficou reto nas pernas de Matthew e começou a beijá-lo.

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