Segredos de Família: Herdeiros Dominadores romance Capítulo 33

O carro fez uma curva fechada, Christian olhou pelo retrovisor o sinal de algum carro, nenhum. Eles não o estavam seguindo. Olhou para Simon ao seu lado, assustado.

— Vai ficar tudo bem— Disse segurando suas mãos e dando um beijo nas costas da mesma.

— Por um segundo eu achei que... Te perderia.

— Não vai me perder. Aqueles babacas não mandam na nossa vida. Vamos conseguir um local para ficar.

A cidade agora os engolia novamente, deixando a tranquilidade da estrada para trás e vindo para o caos urbano. Christian reduziu a velocidade ali. Dirigiu em direção a parte mais chique da cidade. A cada parada de sinal dava um beijo em Simon. Estava com saudades, e aquelas roupas que ele estava usando, não ajudavam muito na concentração de Christian.

Estava acostumado a paisagem de vidro, mármore e aço daquela parte da cidade, com os prédios empresariais se misturando com os prédios residenciais de luxo, as praças organizadas e bonitas, lojas oferecendo produtos caros. Aquilo tudo era seu mundo, mas quando parava para pensar agora, não fazia muito sentido viver em um mundo onde você é escravo disso. Pensar nisso o fazia se sentir mal pelo Christian de alguns meses atrás. Droga, eu era um otário completo.

— Christian, para onde estamos indo?— Simon perguntou do nada.

— Vamos conseguir um lugar para dormir.

O carro dobrou em uma esquina e entrou com tudo em um estacionamento subterrâneo, sentiu Simon se encolher ao seu lado. Estava assustado com tudo que estava acontecendo. Parou o carro em uma vaga e desceram.

O estacionamento em si era muito bem iluminado por lustres, havia seguranças caminhando de um lado ao outro e um par de portas de aço. Tudo aquilo queria passar uma mensagem bem clara para encrenqueiros que entravam ali: Estamos de olho em você. Se fizer algo, não tem como fugir daqui.

Segurando a mão de Simon Christian seguiu para o par de portas de aço, que com a aproximação dos dois se abriu para os lados. Atrás havia um grande hall de mármore, com pilares grossos sustentando um teto cônico, com um lustre no centro, portas de elevadores se encontravam no lado direito e portas de escadas no lado esquerdo, entre elas havia um balcão de aço e vidro, destoando todo o mármore. Atrás do balcão havia uma mulher jovem, de terninho preto, os cabelos negros presos em um coque.

Christian captou seu olhar de desgosto ao ver as roupas de Simon e ambos de mãos dadas, porém força um sorriso quando se aproximaram. Christian lhe lançou um olhar afiado como faca.

— Um quarto, de casal— Disse com desdém. Sempre trata funcionários de qualquer lugar dessa forma, não queria fazer isso agora, mas o olhar de antes daquela mulher o havia irritado.

— Sinto muito, mas só temos suítes de luxo. Nenhum que...

— E eu quero de luxo. Acha que uso coisa inferior a isso?— Seu olhar foi mais penetrante. A mulher se encolheu atrás do computador.

A mulher se abaixou e entregou um cartão a Christian, virou— se para uma impressora e retirou os papeis que haviam sido impressos a pouco tempo, reuniu todos, grampeou e entregou a Christian com uma caneta.

Christian assinou as cinco folhas e depois repassou o papel à mulher. Puxou Simon em direção a um elevador que vinha descendo. Christian envolveu Simon entre seus braços, e as portas de aço foram abertas.

Uma mulher saiu da caixa espelhada. Quando Christian encarou seus olhos sentiu um choque. Era ela, a quanto tempo. Estava prestes a falar algo, mas ela passou por ele com um sorriso frio no rosto.

Christian foi puxado para dentro do elevador por Simon. Antes que as portas se fechassem ele viu a mulher seguir em direção ao balcão, o andar firme de sempre.

Assim que as portas fecharam e o elevador começou a subir ele encarou o olhar frio de Simon.

— Quem é ela?— Sibilou.

Christian deu um sorriso. Simon com ciúmes era mais sexy do que nunca.

— Uma amiga.

— Amiga é? Sei. Notei a amiga.

— Baby já faz muito tempo que não a vejo— Christian o abraçou por trás, beijando seu pescoço. Christian estava viciado naquele cheiro bom— Sônia e eu tivemos uma aventura de duas semanas. Logo depois ela decidiu se casar e nunca mais a vi.

— Aventura é?

Christian o virou de frente, envolvendo sua cintura e o puxando para perto. Com uma das mãos tocou o queixo de Simon, sentindo a pele macia e quente e deu um beijo naqueles lábios vermelhos e perfeitos.

— Eu te amo— Disse dando mais um beijo nos lábios do outro— Não tenho mais olhos para mais ninguém— Mais um beijo— Você é perfeito— Mais outro beijo— Lindo... E...— O beijo tornou— se mais intenso.

— Christian— Simon deu um leve empurrão e Christian parou sorrindo ofegante— Não aqui.

— Foi mal, mas essas suas roupas— De um aperto na bunda de Simon, que deu um pulo e ficou vermelho— Me deixa louco.

O quarto era grande, as paredes eram pintadas de bege claro, quatro grandes janelas davam para a vista de uma praça, lustres se sustentavam no teto, a cama era gigante, constatou Simon surpreso. Os lençóis eram brancos com vermelho. A porta do banheiro estava entreaberta.

— Você já veio aqui?— Perguntou Simon.

— Sim— Ele abraçou o garoto por trás, dando beijos em sua nuca— Eu te amo. Faria qualquer coisa por você.

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