Depois que ela me deixou plantado no banheiro eu saio e pago a conta, ouvi alguns clientes comentando, mas não dou atenção a isso.
Como ainda estava no meio da tarde volto para o escritório e Mariana já me aguardava.
- Senhor o doutor Filipe te aguarda na sua sala, disse que era algo importante. - Ela me diz.
Oque ele quer?
- OK, pode deixar comigo agora mariana.
- Sim senhor.
Entro em meu escritório e encontro Felipe sentado na minha cadeira, mais que cara folgado.
- Fala viado, acho que nunca senti tanta saudade de alguém como senti a sua, nem saudade de mulher supera o que eu senti.
Felipe é como um irmão e passou os últimos meses fora.
- Acho que essas viagens te deixaram um pouco gay. - Digo e ele sai da minha cadeira rindo.
- Desculpa não ter vindo no evento ontem, eu cheguei agora de manhã, era uma coisa importante.
- Tudo bem, você não perdeu nada. - Digo, a não ser uma garota gostosa com uma língua do cão.
- Não foi isso que me disseram. - Ele diz me olhando como se soubesse de muitas coisas.
- As pessoas andam te contando muitas coisas não é mesmo?
-Não é culpa delas, mas me falaram que a festa bombou, teve direito até a DJ e sabe.... - Ele diz dando uma pausa antes de continuar. - Me disseram que você estava acompanhado de uma garota bem bonita.
- Realmente preciso descobrir quem anda te contando essas coisas. - Falo
- Vai fala aí, quem era ela? - ele pergunta curioso.
- Eu não estava acompanhado de ninguém, a única mulher com que eu tive muito contato ontem à noite foi uma produtora de eventos que tivemos que arrumar de última hora. - Digo como se não fosse nada demais.
- Não sabia que levava produtoras de eventos para dar uma voltinha em seu carrão. - Ele fala com malícia.
Olhei para ele, eu realmente estava curioso para saber como ele sabia isso.
- Deixa de ser imbecil, você não tem que ir trabalhar não? - falo tentando mudar de assunto.
- Decidi tirar folga hoje, acabei de chegar de uma viagem de trabalho, mereço um descanso. - Ele fala se espreguiçando na cadeira.
- Ótimo, então você pode descansar fora da minha sala, de preferência na sua casa. - Falo
- Esta bravinho por quê? A produtora não é fácil? - ele pergunta e eu acabo cedendo para a sua curiosidade.
- Fácil? A mulher é uma cobra, daquelas que tem veneno e é muito gostosa. - Digo.
- Gostosa é? Já vi que ela não caiu no seu charminho, você sempre quer ir direto no pote, vai com calma, aposto cem dólares que você tentou seduzir ela não é mesmo. - Ele diz sorrindo
Olhei para ele me sentido ofendido para não ter que admitir que ele estava certo.
- Faz assim, liga para ela e manda um xaveco e depois a chama para um encontro.
- Não tenho o número dela. - Digo
- E como você contratou ela? - ele pergunta
Mariana!
Chamo Mariana na minha sala que não demora a aparecer.
- Mariana preciso do número da tal de Gabrielle. - Digo parecendo que não dou atenção.
Ela me olha com desconfiança.
- Claro, vou anotar o número e o nome dela é Gabriela Senhor. - Ela diz pegando um papel e uma caneta em minha mesa e anotando o número.
Ela sabe de cor, devem ser bem próximas.
- Aqui está. - Ela diz me entregando o número.
- Obrigada Mariana, já pode ir.
- Sim senhor.
Enquanto mariana sai vejo a olhada que Felipe da nela e não digo nada.
- Pronto, mais tarde eu ligo.
- De jeito nenhum, você vai ligar agora e colocar na viva voz, assim eu te ajudo e você não faz merda. - Ele diz rindo.
- Ah não sei cara. - Falo com receio.
- Liga logo inferno. - Ele diz e acabo cedendo e ligando.
Ela atende no terceiro toque.
- Alô? - sua voz enche a linha.
- Oi, sou eu de novo. - Digo.
Felipe faz uma joia para mim com os dedos.
- O que você quer seu babaca? E onde conseguiu meu número?
Felipe se segura para não rir, e o desgraçado ainda manda eu ficar calmo.
- Por que está tão brava? Vamos conversar civilizadamente. - Digo.
- Civilizadamente é o caralho, você me coloca no carro a força depois me leva ao restaurante e me agarra no banheiro, não que não tenha sido bom, e foi, e muito, mas você não pode agir desse jeito, como um troglodita. Minha cota de aguentar suas babaquices já está acabando. - Ela diz nervosa e eu olho para Felipe que me olha espantado.
- Eu queria pedir desculpas, sei que fui muito rude, aceita minhas desculpas? - falo calmo.
A linha fica muda por um tempo até que ela responde.
- Certo, tudo bem, agora que já pediu desculpas tchau. - Ela diz pronta para desligar.
E Felipe que ainda rí ao meu lado faz sinal para que eu não a deixe desligar.
- Ei ei ei, espera. - Digo
- OQUE É!!!- ela grita do outro lado da linha.
- Eu estou pedindo desculpas e eu vou fazer isso direito, te pego em casa as oito, ok?
- Não. – Ela me responde sem remorso algum.
- Vai garota. - Apelo mais uma vez.
- N, Ã, O, NÃO. - Ela recusa mais uma vez.
- Você escolhe o lugar, só me deixe eu me desculpar direito. - Digo e ouço ela suspirar.
- Está certo, mas se você pensar em colocar essas suas mãos lindas e maravilhosa em mim eu te mato. - Dizendo isso ela desliga.
E com isso Felipe finalmente não se segura e começa a rir.
- Nunca vi o sr. D' Lauren se desculpando com uma mulher, muito menos correndo atrás de uma. - Ele diz fazendo piada.
- E nunca mais vai ver, assim que eu a ter na minha cama ela vai ver que não se mexe comigo. - Digo.
- Nossa, desculpa aí.
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