Meus olhos lentamente se abrem, as pálpebras um pouco pesadas me lembravam que a noite tinha sido longa , assim como meu pranto nos braços de Vasco e Alexandre. Piscando duas vezes sustenho a respiração , encarando um olhar intenso sobre mim. Vasco me analisava com cautela , deitado na cama ao meu lado. A luz solar que iluminava o lugar indicava que já era manhã, arregalando os olhos simplesmente me sento apavorada olhando o local onde há umas horas antes uma luta sangrenta se tinha realizado. Vasco me envolve pela cintura com seus braços fortes, me puxando em seu peito num abraço apertado, seus lábios repousam ternamente no meu pescoço enquanto as palavras surgem de imediato me tranquilizando.
__ Está tudo bem !
Meu horror passa por perplexidade ao observar que não havia nenhum corpo , nem vestígios de sangue, o quarto estava limpo como se nada se tivesse passado. Poderia até pensar que tinha sido um simples pesadelo se não tivesse gravado na memoria cada segundo daquela noite. Encaro Vasco ,um pouco nervosa em seus braços, seu perfume e sua proteção me levavam a querer ir mais longe com meus desejos, mas confundir carencia com um sentimento mais forte era um erro fatal no começo de uma relação, ainda mais com um homem fora do normal.
__ Alexandre... ele... se ...foi?
Minha voz tremia ao analisar cada detalhe de seu rosto sério. Seu sorriso carinhoso de imediato surgiu, sua mão desliza em meu rosto, e sua boca captura a minha sem aviso, um beijo que começa suave, mas logo se torna quente e demorado, numa exploração deliciosa. Meu corpo relaxa em segundos em suas mãos , me fazendo soltar um gemido baixo de prazer enquanto Vasco smplesmente murmura .
__ Ele teve que partir antes do amanhecer!- Seus olhos azuis me prendem como um iman, um olhar que revela suas intenções antes mesmo de soarem suas palavras. __ Ele foi para casa... e nós ...também iremos , assim que estiveres pronta!
__ E... eu não sei... - Me levanto rapidamente saindo de seu aperto e segurança. As dúvidas me assaltando de novo, apesar de saber que não seria capaz de dormir ali, de novo em paz, tão cedo.
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