A ama e o pai alfa romance Capítulo 117

Edrick

Enquanto segurava o dente na minha mão, instantaneamente soube que havia algo especial nele. Certamente era um dente de Alfa, mas ao mesmo tempo era muito mais do que isso. Não conseguia explicar, nem conseguia identificar exatamente o que havia de tão especial nele, mas de alguma forma sabia que havia algo diferente nesse dente.

Talvez fosse apenas um desejo, mas quanto mais pensava em todas as habilidades estranhas de Moana, no atraso significativo de sua transformação em lobo e agora no dente, não pude deixar de me perguntar...

Seria Moana a Loba Dourada?

Não podia ter certeza. Tudo o que sabia era que havia algo especial em Moana - algo que ela mesma ainda não sabia. Estava determinado a descobrir, então naquele dia decidi que teria que fazer algumas pesquisas a respeito. Teria que fazer isso em segredo, também, porque Moana poderia estar em perigo se fosse a Loba Dourada.

Havia uma coisa que eu sabia com certeza, porém: Moana era, sem dúvida, minha companheira destinada. Eu sabia disso agora que havia experimentado completamente o seu cheiro. Embora estivesse extasiado com essa descoberta, não podia contar a Moana. Não apenas o lobo dela ainda era muito fraco para perceber que meu lobo era seu companheiro destinado, mas também não planejava marcar minha companheira destinada e torná-la minha esposa. Meus pais são companheiros destinados, mas meu pai traiu repetidamente, e até trouxe Ethan para casa um dia. Minha mãe foi afetada mentalmente pelo vínculo de companheiros deles e teve que aceitar tudo. Como eu poderia confiar em um vínculo assim? Não tinha certeza se conseguiria me permitir potencialmente partir o coração de Moana se essa infidelidade corresse em meu sangue.

Também não podia contar a ninguém sobre isso ainda. Ser um companheiro Alfa como humano também poderia atrair muita atenção imediatamente, e se Moana fosse de fato a Loba Dourada, a atenção indesejada poderia ser perigosa. Muitas pessoas - pessoas que odiavam a ideia de uma nova era em que humanos e lobisomens pudessem viver em harmonia - acreditavam que a Loba Dourada deveria ser caçada e executada. Embora eu estivesse indeciso em relação aos meus sentimentos em relação aos humanos até conhecer Moana, nunca me alinhei particularmente com aqueles que acreditavam que os humanos deveriam ser escravos, ou pior, vítimas de genocídio. De certa forma, eu estava animado com a ideia de a Loba Dourada estar viva; não me importaria em ver mais harmonia entre as duas raças.

Mas de qualquer forma, ainda não podia ter certeza de nada disso. Teria que fazer minhas próprias pesquisas antes de tirar qualquer conclusão, por isso apenas disse a Moana que o dente pertencia a um Alfa. Isso pareceu satisfazê-la por enquanto, e agora eu poderia apenas me alegrar por ter encontrado minha companheira destinada.

No final daquele dia, no entanto, parecia que minha felicidade sempre precisava ter algum tipo de ressalva; e essa ressalva era que, de alguma forma, os paparazzi conseguiram fotos de Moana e eu entrando no hospital no dia anterior, cobertos de sujeira e lama - sem máscaras, é claro.

Vi as fotos começarem a aparecer nas redes sociais com todo tipo de legendas e comentários especulativos. As pessoas se perguntavam se Moana era minha esposa secreta, se ela era uma mãe substituta humana e se eu secretamente tinha uma esposa lobisomem diferente, e por que estávamos cobertos de lama. Naquele momento, já era tarde demais; o estrago estava feito e eu teria que conviver com isso. Não havia ninguém para subornar pelas fotos, e agora que era a segunda vez que fotos de Moana e eu eram reveladas, não havia mais nada que eu pudesse fazer nesse ponto.

E, é claro, eis que meu telefone tocou naquela noite.

Era Kelly.

"Espero que esteja ligando para pedir perdão", disse quando atendi, sentindo meu sangue já começar a ferver só de pensar em como Kelly quase colocou a mãe do meu filho em perigo por uma "brincadeira".

"Escuta, eu realmente sinto muito", respondeu Kelly, embora não parecesse tão arrependida assim. "Mas vi as fotos de ontem, e seu pai está realmente irritado agora."

"É mesmo?" Rosnei. "E?"

Kelly fez uma pausa. Eu podia praticamente ouvi-la lambendo os lábios do outro lado do telefone.

"E", continuou, "acho que você deveria reconsiderar minha oferta de me apresentar como sua noiva Alfa e mãe biológica da Ella. Poderíamos facilmente explicar a situação com Moana dizendo que ela é um membro da família pela qual você tem cuidado. Além disso, ninguém mais questionaria você se tivesse uma noiva. Na verdade, eu poderia até ser sua verdadeira noiva, se você quisesse..."

"Oh meu Deus, Kelly!" Gritei, sem me importar que estava elevando a voz ao perceber exatamente o que ela havia feito agora. "Você simplesmente não consegue parar, não é? Você não consegue nem esperar dois dias depois de quase ter colocado a mãe do meu filho em perigo antes de partir para o próximo esquema. O que, você pagou os paparazzi para tirarem aquelas fotos? Eu sei que sim."

"É hora de você tomar uma decisão, Edrick", disse Michael, sua voz fria e indiferente. "Kelly é uma boa mulher de uma família Alpha rica. Ela vai te proporcionar muito mais do que aquela garota humana jamais fará."

"Kelly não vai me proporcionar nada além de dores de cabeça", respondi. "Você só se importa com o que ela pode proporcionar para a WereCorp."

Meu pai pausou e fez um som com os dentes. "Isso é verdade", finalmente respondeu. "Eu não quero ver nosso negócio familiar ir por água abaixo por causa dos seus erros estúpidos. Nossas ações já estão em declínio porque você não consegue colocar a cabeça no lugar."

Eu não sabia o que dizer. Claro que não podia corrigir meu pai e dizer a ele que a Moana não era apenas uma lobisomem, mas possivelmente também a Loba Dourada; meu pai era uma das pessoas que teriam querido matar a Loba Dourada. Mordi o interior da bochecha, pensando, antes de finalmente responder.

"Eu vou resolver, pai", disse, tentando controlar minha raiva da melhor maneira possível.

"Resolva até o final da semana", respondeu friamente. "Se você não fizer..."

"Eu vou", rosnei. Sem mais palavras, desliguei o telefone.

Odiava receber ordens para fazer qualquer coisa, especialmente do meu pai, mas teria que encontrar uma solução o mais rápido possível.