A ama e o pai alfa romance Capítulo 233

Moana

"Kat?" Eu chamei.

Meu guarda-costas não estava em lugar nenhum. Um minuto ela estava bem ao meu lado, e no próximo ela simplesmente... desapareceu. Ela saiu correndo e não olhou para trás.

Talvez ela tenha encontrado as raízes de valeriana, pensei comigo mesma, embora eu soubesse lá no fundo que não era o caso. Ela me abandonou; embora eu não soubesse por quê.

"Alô?"

Comecei a correr na direção em que ela tinha ido. Sobre minha cabeça, o vento começou a uivar mais agressivamente e o céu escureceu à medida que uma terrível tempestade começava a se formar. Não importava para onde eu virasse, não conseguia ver a mansão em lugar nenhum.

E tínhamos feito tantas curvas que eu nem sabia mais para onde deveria ir para encontrá-la agora.

"Ok..." Parei e fechei os olhos por um momento, pensando. Não tínhamos andado por tanto tempo... Talvez se eu apenas me orientasse, poderia encontrar o caminho de volta para a mansão. Quando abri os olhos novamente, decidi começar subindo, já que me lembrava de ter descido uma ladeira gradual.

Mas daqui, nem conseguia ver onde a ladeira começava. O único ponto de referência que eu tinha por perto era o riacho que atravessamos, mas eu não sabia para onde ir a partir dali. Se ao menos eu tivesse prestado atenção em todas as voltas e reviravoltas que Kat me fez dar.

De repente, ouvi uma voz suave chamando pelo vento.

"Moana!" ela chamou.

Era Kat.

Soltei um suspiro de alívio. "Kat?! Onde você está?!" gritei, colocando as mãos em concha ao redor da boca para ser ouvida melhor sobre o som do vento assobiante.

Houve um silêncio e então a vozinha ecoou novamente.

"Por aqui! Siga minha voz!"

Senti um imenso alívio enquanto começava a correr na direção da voz de Kat. Adivinhei que ela realmente tinha encontrado as raízes de valeriana, ou talvez ela mesma tenha se perdido um pouco quando saiu correndo. Eu confiava em Kat, e Edrick fez uma verificação completa de antecedentes dela; foi bobagem pensar que ela me deixaria sozinha na floresta assim.

"Kat?!" chamei novamente, ainda correndo. "Diga alguma coisa!"

Outro silêncio.

"Por aqui!"

Congelei. Sua voz estava vindo da direção oposta agora. Será que de alguma forma eu a tinha ultrapassado? Girei rapidamente e forcei os olhos para ver naquela direção, mas não conseguia ver nada através da densa névoa que começava a se instalar na floresta ao meu redor.

"Merda..." sussurrei para mim mesma. "Kat?! Não consigo ver nada!"

Esperei novamente por alguns momentos, mas não ouvi nada além do som do vento. Mais chuva começou a cair, ainda mais forte do que antes, e eu tremi em meu casaco fino enquanto começava a ficar encharcada.

"Estou com um mau pressentimento", Mina disse de repente, sua voz ecoando em minha mente. "Acho que deveríamos tentar voltar para casa sem ela."

Concordei comigo mesma. Mesmo que Kat não estivesse intencionalmente me levando a uma busca sem sentido, eu precisava priorizar a segurança do meu bebê. Se eu ficasse aqui por muito tempo, qualquer coisa poderia acontecer nesse tempo.

De repente, coloquei a mão sobre a boca e soltei um grito de terror ao perceber onde estava.

"Já vi este lugar!" gritei em voz alta, virando-me agora de forma mais frenética. O vento soprou parte da névoa, revelando exatamente o que eu temia.

Um penhasco íngreme, a poucos metros de onde eu estava. Se eu não tivesse parado instintivamente, poderia ter caído direto no abismo.

Este era o penhasco dos meus sonhos.

"Como?" sussurrei, minha voz e minhas mãos tremendo. Como isso aconteceu? Kat deveria ser minha guarda-costas; ela deveria me proteger, e no entanto, por algum motivo, ela me levou direto para o lugar onde eu morri repetidamente em minhas visões.

Eu não sabia o que fazer. "Edrick?!" gritei novamente, mas minha voz foi abafada pelo vento. Não importa quantas vezes eu gritasse seu nome, mesmo até minha garganta ficar rouca, não houve resposta.

E não haveria resposta, porque de alguma forma eu sabia que não havia ninguém por perto. Eu estava completamente sozinha.

"Mina, temos que fazer algo", disse eu, girando freneticamente enquanto esperava a visão horrível de Michael surgir da névoa com aquela maldita faca dourada em sua mão. "Não há nada que você possa fazer?!"

"Eu posso liberar meu cheiro", respondeu Mina, soando tão apavorada quanto eu me sentia. "Mas vou precisar usar um pouco da força do bebê. Você está disposto a correr esse risco?"

Ao ouvir as palavras do meu lobo, senti meu coração afundar no fundo do meu estômago. Mas eu não tinha escolha; era permitir que Mina liberasse seu cheiro e potencialmente machucar o bebê, ou não deixá-la liberar seu cheiro e potencialmente matar nós dois.

Finalmente, assenti com a cabeça.

"A força do bebê já se mostrou incrível antes", finalmente disse, apertando os punhos firmemente ao lado do meu corpo. "Tente agora."