A ama e o pai alfa romance Capítulo 300

Ella

A transição do ambiente fresco e rústico do porão para a vivacidade da festa foi quase chocante. Ao entrarmos novamente na sala de baile, Logan e eu fomos imediatamente impactados pela roda de cores, pelos suaves acordes da música e pelo caleidoscópio de vozes se fundindo em uma sinfonia de risos e conversas.

Do meio da multidão emergiu um rosto familiar. Leonard Barrett, pai de Logan, com seus cabelos grisalhos penteados para trás e uma presença alta e imponente. Seus olhos azuis penetrantes, que Logan aparentemente havia herdado, imediatamente se fixaram nos meus.

Eu havia conhecido o homem uma vez antes, e nosso encontro não tinha sido o mais caloroso. Sua reputação no mundo dos negócios como um magnata implacável era bem merecida, mas pessoalmente, era seu carisma que era verdadeiramente avassalador.

"Ah, Ella", cumprimentou Leonard, o canto dos lábios se curvando ligeiramente. "Você está ainda mais radiante do que quando te vi pela última vez."

Ofereci um sorriso educado, tentando manter minha compostura diante do intimidante chefe da máfia. "Obrigada, Sr. Barrett. É bom vê-lo novamente."

"Por favor, me chame de Leonard", corrigiu ele com um leve brilho nos olhos. "Posso ter esta dança?"

Não era tanto uma pergunta quanto uma declaração. Lancei a Logan um breve olhar ansioso, mas ele apenas ergueu uma sobrancelha, aparentemente tão curioso quanto eu sobre as intenções de seu pai.

A orquestra começou a tocar uma valsa lenta e assombrosa. Leonard estendeu a mão, e após uma leve hesitação, coloquei a minha nela. Ele me conduziu para a pista de dança, e logo estávamos girando em meio a um mar de casais dançantes.

Conforme a dança avançava, os movimentos de Leonard pareciam se tornar ainda mais calculados e precisos. Ele liderava com uma autoridade difícil de resistir, altamente reminiscente da própria capacidade de liderança de Logan.

Mas mais intimidador do que seus passos era o peso de seu olhar, constantemente fixado em mim, avaliando e analisando.

A música fluía ao nosso redor e nossos pés se moviam em sincronia na pista de dança, mas havia uma tensão palpável entre Leonard e eu. Não era apenas uma dança - era um jogo de poder, um jogo de inteligência. Mas estava claro que Leonard tinha mais cartas na manga.

"Você surpreendeu muitas pessoas esta noite", comentou Leonard, seu olhar afiado e avaliador.

Encontrei seus olhos. "Ah?", perguntei. "O que você quer dizer, Leonard?"

"Estou me referindo à sua... pequena escapada com o acompanhante", continuou ele, um leve tom de diversão em sua voz. "Bravo, realmente. Foi um verdadeiro espetáculo."

Engoli em seco, lembrando do incidente anterior. O rosto machucado do acompanhante, o silencioso apelo em seus olhos, as lágrimas no banheiro. A forma como o cruel aperto do homem em seu braço se soltou assim que ele viu os homens de Logan se aproximando.

Eu sussurrei o incidente que havia presenciado no banheiro para Logan, nunca esperando que resultasse em um confronto violento.

"Apenas apontei algo preocupante que vi para Logan", disse. "Nunca esperei que alguém se machucasse."

A risada de Leonard foi suave, mas não havia calor nela.

"Minha querida Ella, neste mundo sombrio de nós, nunca se deve agir sem assumir as piores consequências. Ações, por menores que sejam, se propagam mais longe do que você imagina."

"Mas aquele homem..."

"Não me entenda mal", disse Leonard, seu sorriso frio se alargando. "Ele mereceu tudo o que recebeu. Ele tem sido um espinho em nosso lado por um tempo. Graças aos seus olhos perspicazes, uma valiosa lição lhe foi ensinada esta noite."

Suas palavras eram frias, quase indiferentes ao fato de que o homem havia sido retirado da festa em uma maca.

Senti um aperto de arrependimento, mas o empurrei para baixo. "Apenas fiz o que achei certo", disse baixinho. "Ninguém deveria tratar outro ser humano dessa forma."

"Ah, o idealismo da juventude", suspirou Leonard, quase teatralmente. "Mas tenha cuidado. Contrarie a pessoa errada com tanta retidão, e os resultados..." Ele deixou as palavras pairarem no ar, seu aperto em minha mão se apertando um pouco mais, "...podem ser prejudiciais."

A ameaça implícita fez meu coração acelerar, mas me recusei a deixá-lo ver minha hesitação. "O que você quer dizer?"