A ama e o pai alfa romance Capítulo 334

Ella

Eu permaneci na opulenta sala de estar, as palavras da Sra. Wentworth ainda frescas em minha mente. O brilho suave dos lustres pintava a sala em um tom âmbar quente, lançando sombras sobre os sofás luxuosos e as tapeçarias intricadas que adornavam as paredes.

Eu não conseguia me livrar da crescente inquietação que borbulhava dentro de mim. Logan havia saído há horas, e cada tic-tac do relógio de parede ornamentado aumentava minha ansiedade. Já era bem depois da meia-noite agora; eu pensei que ele já teria voltado. O que ele quis dizer com o que ele disse? Ele estava planejando confrontar os homens que me sequestraram esta noite com tão pouca preparação?

Mordendo o lábio inferior, meu olhar se voltou para as grandes janelas francesas que davam para a entrada da propriedade. Eu meio que esperava ver o carro de Logan se aproximando, mas o caminho de cascalho permanecia vazio.

A sala de estar, com seus tetos altos e colunas de mármore, estava cheia do suave zumbido do grande relógio, seu pêndulo balançando metodicamente. Enquanto eu afundava em um dos sofás macios, olhando distraída para os padrões intricados do tapete persa sob meus pés, uma inquietação persistente me dominava.

"Algo não está certo," Ema disse de repente, me tirando da minha distração.

Eu fechei os olhos, tentando localizar a fonte do meu desconforto. A emoção parecia distante, como se não fosse totalmente minha. Logan, percebi com um solavanco. O vínculo de companheiros destinados que compartilhávamos me permitia sentir suas emoções, especialmente quando elas eram particularmente intensas. E agora, eu sentia sua angústia.

"Ema," sussurrei internamente, "você também sente?"

"Sim," Ema respondeu, sua voz tingida de preocupação. Era como uma nuvem de inquietação, crescendo a cada momento. Eu tinha ouvido histórias de como era quando o companheiro destinado de alguém estava em perigo, mas eu pensei que era imune a isso desde que o rejeitei. Aparentemente não era.

Meus dedos batucavam no braço do sofá, minha paciência diminuindo. "Devo verificar como ele está?"

Ema hesitou, então respondeu, "Talvez você devesse. Já se passaram horas. Ele pode estar em apuros."

Pegando meu telefone da mesa de centro, disquei o número de Logan, meu coração batendo a cada toque. Uma vez, duas vezes, três vezes... mas nenhuma resposta. A mensagem de caixa postal começou, me deixando mais preocupada do que antes.

"O que eu faço, Ema?" Minha voz tremia enquanto eu falava em voz alta, o peso do silêncio na sala pressionando sobre mim.

"Você poderia esperar," Ema refletiu, seu tom contemplativo. "Ou... você poderia ir procurá-lo."

Eu balancei a cabeça. "Eu não tenho um carro aqui." E ainda assim, a memória da grande garagem passou diante dos meus olhos.

A vasta coleção de carros de Logan!

Com uma determinação recém-encontrada, segui para a garagem, a porta rangendo ao se abrir para revelar uma câmara espaçosa. O cheiro que me atingiu era uma mistura de couro polido, cera fresca e o toque metálico do óleo. As luzes de cima lançavam um brilho suave sobre uma vasta variedade de veículos - desde antiguidades clássicas até carros esportivos elegantes.

A garagem era um testemunho da paixão de Logan. Cada carro havia sido meticulosamente cuidado, suas carrocerias reluzentes, seus bancos de couro condicionados à perfeição. Enquanto eu caminhava pelos corredores, meus dedos roçavam os capôs frios e lisos, cada carro contando uma história silenciosa dos lugares por onde havia passado, das estradas que havia percorrido.

Um conversível vintage vermelho-cereja chamou minha atenção, seu encanto inegável. Parecia poderoso, mas elegante, assim como Logan. Eu me lembrei deste carro antes, quando Logan me levou para um passeio. Ele disse que era o primeiro carro dele. Sentindo uma conexão inexplicável com ele, me aproximei, as chaves balançando convidativamente na ignição.

No entanto, assim que eu estava prestes a ceder à minha decisão impulsiva, o som inconfundível dos pneus de um carro freando ecoou pela garagem. Girando em torno de mim, assisti horrorizada enquanto Logan saía cambaleando de seu carro, sangue manchando sua camisa branca impecável.

"Logan!" Eu gritei, correndo até ele. Meus dedos tocaram levemente a mancha vermelha em seu ombro, sentindo a umidade do sangue fresco. "Meu Deus, o que aconteceu?"

Logan, tentando recuperar o fôlego, me deu um sorriso fraco. "Eu tive um pequeno... contratempo."

Minhas mãos tremiam enquanto eu segurava seus braços. "Um contratempo? Logan, você está sangrando!"

Ele fez uma careta ao se endireitar. Tirando um lenço delicado com as iniciais bordadas 'D.L.' do bolso, ele disse: "Estava inspecionando uma casa vazia quando encontrei isso." Seus olhos encontraram os meus, a gravidade da situação clara neles. "Então eu ouvi alguém assobiando."

"Assobiando?" Eu ecoei, tentando entender suas palavras.

"Sim. Uma cantiga de ninar infantil, se você acreditar, mas estava estranhamente fora de lugar." Ele pausou, respirando fundo. "E então, do nada, homens de máscaras invadiram."