A ama e o pai alfa romance Capítulo 367

Ella

"A roda gigante?" perguntei, inclinando a cabeça para Logan.

Logan assentiu, um sorriso suave iluminando seus lábios. "Sim. Você vai comigo?"

Talvez por medo de me aproximar mais dele, eu fiquei um pouco pálida com a ideia. "Você sabe que é o brinquedo em que as pessoas levam seus filhos pequenos ou onde os casais vão para se beijar, certo?" Eu disse, incapaz de esconder um leve rubor que subiu às minhas bochechas ao pensar nisso.

Logan se virou para mim, seus olhos refletindo as luzes do parque de diversões. "Para de ser tão negativa, Ella. Eu prometo que não vou tentar nada. Só quero ver a cidade de cima. E você?"

Algo na maneira como ele disse isso - tão sincero, tão inocente - me fez ceder. "Ok", suspirei. "Vamos."

A cabine - pequena, íntima e mal grande o suficiente para nós dois - esperava enquanto a roda gigante descia para nos receber. Logan me permitiu entrar primeiro, um gesto cortês que me tocou e alimentou o fogo de emoções conflitantes que queimava em meu ventre.

Enquanto subíamos, o mundo abaixo de nós encolhia enquanto o horizonte se expandia. Os prédios se tornavam brinquedos, os carros se transformavam em pontos em movimento, e as pessoas abaixo se fundiam até que tudo parecesse uma maquete em miniatura.

"Uau", Logan exclamou, seus olhos arregalados ao absorver a paisagem urbana expansiva. "Essa cidade é realmente deslumbrante."

Segui seu olhar, meus olhos demorando nos arranha-céus brilhantes, no rio sinuoso e nas áreas verdes distantes. "É", admiti. "É linda."

"Você acha que vamos visitá-la de novo?" A voz de Logan era suave, tingida de um senso de maravilha infantil que era quase contagiante.

Um sorriso se formou em meus lábios. Minha mente criou repentinamente uma imagem antes que eu tivesse a chance de impedi-la - uma foto de nós dois andando de mãos dadas, um casal de verdade, rodeado pela vibrante singularidade dessa cidade. Mas eu tive que afastar esse pensamento, pelo menos por enquanto. E talvez, muito provavelmente, para sempre.

"Essa cidade não vai a lugar nenhum", eu disse em vez disso, abraçando-me mais para me confortar do que para me aquecer. "Você pode vir sempre que quiser."

Logan pausou por um segundo, então suspirou. "Eu quis dizer com você, Ella. Eu gostaria de vê-la de novo com você." Seu olhar se desviou da vista panorâmica para encontrar meus olhos, mas eu não pude retribuí-lo. Desviei rapidamente o olhar, desviando o olhar para as pessoas abaixo, tão pequenas como formigas.

Não disse nada, deixando o silêncio encher a cabine enquanto descíamos de volta à realidade.

Meu lobo rosnou em minha consciência - me repreendendo por minha hesitação, me instigando a abraçar uma chance para algo mais.

Mas quando a roda gigante parou, eu saí, meus pés pousando firmemente no chão, mesmo que meu coração tenha ficado pendurado em algum lugar no ar.

"Obrigada", murmurei, minha voz mal acima de um sussurro. "Pelo passeio, quero dizer."

Logan assentiu, um sorriso suave e resignado iluminando seus lábios. "A qualquer momento, Ella. A qualquer momento."

...

A caminhada de volta ao hotel foi um exercício em silêncio. Cada passo parecia ecoar nas ruas vazias, e ainda assim nenhum de nós preencheu o vazio com palavras.

Mas finalmente, no meio do caminho, Logan quebrou o silêncio. "Ella, desculpe por te beijar antes", ele disse, suas palavras parecendo sair de sua boca como uma torrente que ele não conseguia parar. "Eu não queria. Você parecia tão bonita, e eu... eu me deixei levar pelo momento."

Parei de andar e olhei para cima para ele. Minhas emoções eram uma mistura de contradição - irritação, constrangimento, mas também um toque de algo que eu não conseguia entender completamente.

"Logan", eu disse depois de um momento de hesitação, "se você vai me beijar aleatoriamente, então esse acordo se torna complicado. Eu vou te perdoar desta vez, mas pare com isso, ok?"

Meu lobo quebrou o silêncio novamente. "Você deveria ter dito algo, Ella. Você vai se arrepender disso. Tenho certeza."

Por um breve momento, pela primeira vez naquela noite, me perguntei se ela estava certa. Eu tive mil chances de romper as barreiras emocionais que eu havia erguido, mil chances de ouvir meu lobo, mil chances de tornar isso mais do que um jogo de faz de conta.

Mas a porta estava fechada agora - literalmente e metaforicamente. E eu segurava a chave.

"Isso simplesmente não pode acontecer, Ema", murmurei em voz alta enquanto me sentava na beira da minha cama e tirava meus sapatos. "Nunca daria certo."

"Mas por que não daria?" ela retrucou, claramente irritada além de qualquer medida. "Você está sendo boba, e você sabe disso, Ella. Você gosta dele. Pare de agir como se não gostasse."

Eu zombei, jogando minhas botas no chão junto com meu casaco. "Ok, talvez eu goste um pouquinho dele", admiti. "Mas não importa. Logan e eu, nunca daria certo. Não preciso explicar. Simplesmente não funcionaria no final."

"Mas vocês são companheiros destinados, Ella. Companheiros destinados sempre..."

"Não, eles não são", retruquei, minha voz quase um rosnado. "Existem muitos casos de companheiros destinados se rejeitando. Isso não é diferente."

"Claro", Ema concedeu, "mas aqueles que rejeitam seus companheiros destinados, na maioria das vezes, acabam se arrependendo. Imensamente. Você quer se arrepender pelo resto da sua vida, Ella? Ou prefere tentar, pelo menos, antes de tomar essa decisão?"

As palavras de Ema me fizeram hesitar, mas apenas por um momento. "Olha, eu já tomei minha decisão, e tenho meus motivos", disse, escolhendo ignorar o fato de que meus 'motivos' estavam se tornando cada vez mais fracos a cada dia. "Sem mais discussões."

Minha loba ficou em silêncio, mas eu sentia sua presença ainda lá no fundo da minha mente. Ela estava brava comigo, eu sabia disso.

E talvez, de uma maneira estranha, eu estivesse um pouco brava comigo mesma por ser tão teimosa.