A ama e o pai alfa romance Capítulo 375

Ella

Uma espessa parede de silêncio envolveu o quarto enquanto as palavras de Logan flutuavam pelo ar. Sua voz era firme e um pouco elevada, como se eles estivessem discutindo há algum tempo.

"Eu vou mantê-la segura porque me importo com ela mais do que qualquer coisa, e isso é tudo o que importa, Sr. Morgan."

Meus olhos se arregalaram, meu coração batendo uma maratona dentro do meu peito. A ressonância de sua voz - uma mistura de sinceridade e frustração - se agarrou a mim, fazendo minha cabeça girar.

"O que está acontecendo?" Sussurrei para minha mãe, que estava lá, bloqueando o caminho.

Ela balançou a cabeça. "Apenas homens sendo homens, querida", sussurrou de volta. "Volte para o quarto da Daisy. Eles vão superar isso logo."

Mas eu não estava prestes a ser afastada agora como uma criança testemunhando uma briga dos pais. Especialmente quando meu lobo estava me puxando para mais perto dele, instigando minhas pernas a entrar na sala.

"Ele se importa com você", murmurou meu lobo, um tom de triunfo em sua voz. "Eu te disse, Ella. Mas você nunca ouve."

Seguindo os impulsos do meu lobo, empurrei Moana para o lado e entrei na sala de estar. Foi quando eu vi: meu pai e Logan com nada além de uma mesa de xadrez entre eles.

O jogo deles havia se reduzido a apenas algumas peças no tabuleiro. Meu pai ainda estava sentado, mas Logan estava de pé, imponente sobre ele. Havia algo em sua postura que me fez questionar o que eu havia perdido.

O redemoinho emocional dentro de mim aumentou violentamente, quase dominando minha autodisciplina. Mas eu me segurei, contendo os sentimentos que ameaçavam transbordar. "Isso é apenas um ato", eu disse ao meu lobo, "Ele estava apenas sendo questionado e ficou acalorado. É só isso."

"E se não for?" Ema rosnou. "E se ele estiver falando sério, Ella? Isso seria tão ruim?"

Comecei a responder, mas rapidamente descobri que não conseguia. Nenhuma palavra saía, e comecei a me perguntar: e se Ema estivesse certa, mesmo que apenas um pouco?

Foi então que a tensão se quebrou como um ovo, despedaçada pela risada calorosa do meu pai. "Olhe só", exclamou ele, olhando para o tabuleiro de xadrez. "Você me colocou em xeque-mate e eu nem percebi. Ha! Isso é a primeira vez!"

Sua alegria encheu o quarto, afrouxando a atmosfera. Um sorriso radiante se espalhou por seu rosto enquanto ele se levantava e apertava a mão de Logan - firmemente, decisivamente, como se selando um pacto.

E então, assim, ele se afastou. O quarto descongelou, a atmosfera gelada substituída pelo zumbido de conversas retomadas, o tilintar de copos, o som de música suave e uma bela, bela normalidade.

Exceto que nada mais parecia normal para mim.

Meu pai se aproximou de mim, atravessando a multidão como um homem em uma missão. "Ella", ele começou, sua voz baixa e íntima como se estivesse me contando um segredo. "Eu tenho uma confissão: no começo, eu não estava totalmente convencido desse relacionamento. Mas vendo vocês dois juntos... ouvindo ele falar agora..."

Ele fez uma pausa, e por um segundo, vi um lampejo de vulnerabilidade passar por seu rosto sério. "Estou feliz, Ella. Você encontrou um homem muito bom, e dou a vocês meu consentimento para o noivado."

Uma lágrima - uma única, rebelde lágrima - brotou em meu olho, capturando a luz. Seria isso felicidade? Alívio? Ou uma estranha e inesperada mistura dos dois? Eu não sabia, e pela primeira vez, não queria saber. Porque talvez descobrir levasse à aceitação, algo para o qual eu não estava pronta.

"Er... Obrigada, pai", consegui dizer, minha voz mal acima de um sussurro. "Fico feliz em saber que foi um jogo de xadrez que tomou essa decisão."

Meu pai sorriu. "Sempre é mais do que apenas um jogo de xadrez, Ella."

Com um último olhar contemplativo, ele assentiu e se afastou, me deixando ali sentindo como se o vento tivesse sido tirado de mim.

E lá estava ele - Logan - seus olhos se fixando nos meus com uma intensidade que rivalizava com qualquer coisa que eu já tinha visto antes. Havia choque escrito em todo o seu rosto, seu olhar nunca vacilando. De repente, senti como se estivesse à deriva em um mar de emoções que eu não entendia completamente. Talvez eu não quisesse entender.