A ama e o pai alfa romance Capítulo 420

Ella

A brisa fresca do deserto bagunçava meu cabelo enquanto Logan e eu nos despedíamos e voltávamos para o carro dele. Deveria ser refrescante, mas eu não conseguia tirar da minha cabeça a estranha interação com aquele personagem chamado 'Jet', e me peguei olhando por cima do ombro como se ele estivesse bem atrás de mim.

"Você está bem?" A voz de Logan me tirou da minha distração. Pisquei, me sentindo um pouco surpresa com meu repentino retorno ao presente, e assenti enquanto forçava um sorriso.

"Estou bem", disse, concordando. "Apenas um pouco cansada, só isso."

Logan riu enquanto entrávamos de volta no carro dele. "Essas festas fazem isso com você. Você se divertiu, pelo menos?" ele perguntou.

Para minha surpresa, me vi concordando com um sorriso no rosto. "Sim, na verdade, me diverti", disse com uma pequena risada. "Vou admitir: você estava certo."

Seus olhos se iluminaram. "Eu disse que seria divertido. Essas são pessoas boas. E meus amigos gostaram de você."

Com suas palavras, senti um leve rubor subir em minhas bochechas. Me lembrei do momento em que Rickie mencionou que Logan falava de mim o tempo todo, e não consegui conter minha curiosidade por mais tempo.

"Rickie me disse que você não para de falar de mim."

"Oh?" Logan arqueou uma sobrancelha enquanto dirigia o carro pela estrada escura do deserto. Eu podia dizer que ele estava tentando agir casualmente, mas sabia que ele estava secretamente envergonhado.

Eu assenti, um sorriso brincando em meus lábios. "Ela disse que você me chamou de 'durona'."

Logan ficou em silêncio por alguns momentos depois disso, e por um instante, me perguntei se eu havia tocado em algum ponto sensível. Mas então, assim que eu estava prestes a abrir a boca para perguntar se ele estava bem, ele assentiu. "Isso é verdade", murmurou.

"Sabe, Logan, você não deveria inventar coisas..." comecei a provocar, mas antes que eu pudesse terminar, Logan me interrompeu com um balançar de cabeça.

"Eu não estava inventando nada, Ella."

Meus olhos se arregalaram um pouco. "Você não estava?"

Ele me lançou um olhar rápido, e seus olhos estavam sérios na fraca luz do carro. "Claro que não. Ella, você é a mulher mais durona que eu conheço. As coisas que você fez por mim... Ninguém mais faria tanto esforço."

Suas palavras me fizeram parar. Me vi pensando na história que compartilhávamos, o perigo, o medo.

E partiu meu coração saber que ele ainda estava errado - porque eu não era o que ele pensava que eu era. Eu era uma covarde, cedendo às capitulações de Marina.

O resto da viagem de carro passou em silêncio. Em algum momento, devo ter adormecido, porque antes que eu percebesse, Logan estava me sacudindo pelo ombro e chamando meu nome. Quando abri os olhos, não estávamos mais no escuro do deserto, mas sim cercados pelo brilho âmbar dos postes de luz.

Estávamos na frente do meu apartamento.

"Uau", disse, piscando. "Foi rápido."

Logan sorriu. "Você apenas desmaiou, só isso. Você estava fofa, no entanto."

"Há alguém aqui?" perguntei ao meu lobo, sentindo os pelos da nuca começarem a se arrepiar.

Ela pausou por um momento, sentindo o ar, antes de responder. "Não sinto ninguém."

Estremeci, entrei apressadamente no meu apartamento e tranquei a porta atrás de mim, apesar da garantia do meu lobo.

Os eventos da noite me deixaram com uma sensação de inquietação. As palavras de Marina sobre um assassino contratado continuavam ecoando na minha mente, e a ideia de que alguém pudesse estar me observando enviava um arrepio pela minha espinha.

Percorri o apartamento, fechando e trancando todas as janelas, fechando as cortinas firmemente para bloquear qualquer olhar curioso. Meu coração batia forte no peito enquanto verificava novamente as trancas da porta da frente.

Sentado na beira da minha cama, tentei acalmar meus pensamentos acelerados. Eu sabia que tinha entrado em um mundo de perigo ao me aproximar de Logan, mas não podia negar a atração que sentia por ele. Seu charme, sua confiança, sua atitude destemida - tudo era tão intoxicante.

Mas isso tinha um preço, e eu não conseguia afastar a sensação de que o perigo estava espreitando além das sombras.

Enquanto eu deitava na cama naquela noite, minha mente acelerada com pensamentos sobre a corrida, Logan e a sensação inquietante de estar sendo observada, o sono permanecia elusivo. Os eventos da noite me deixaram com uma mistura de emoções - excitação, medo e uma crescente curiosidade sobre o mundo perigoso em que Logan habitava.

Mas apesar do meu desconforto, havia uma parte de mim que queria saber mais, fazer parte do mundo dele, mesmo que apenas como observadora. O fascínio das corridas clandestinas e do homem que me apresentou a elas era impossível de ignorar.

Mas enquanto eu estava lá na escuridão, o rugido distante dos motores dos carros ainda ecoando em meus ouvidos, eu não pude deixar de me perguntar se me aproximar mais de Logan só pioraria as coisas.