A ama e o pai alfa romance Capítulo 75

Moana

Na manhã seguinte, decidi aceitar a oferta de Edrick para um dia de folga e fui ao orfanato para sair do apartamento por um tempo. Ainda estava incrivelmente magoada e irritada com a recusa de Edrick em admitir que o bebê era dele para sua própria mãe, mas, pelo menos, sabia que um dia fora poderia levantar um pouco meu espírito.

Ao chegar ao orfanato, comecei a me sentir um pouco melhor.

"Olá?" Chamei enquanto entrava. Não obtive resposta, mas ouvi as vozes das crianças vindo da sala de recreação, rindo e brincando, e isso me fez sorrir um pouco. Caminhei até a sala de recreação e parei no meio do caminho quando vi Ethan brincando com as crianças.

Eles não me viram de imediato. Ethan estava dando uma aula de arte para eles e andava pela sala, olhando todas as obras de arte das crianças e elogiando-as. Ver como ele estava sendo doce com as crianças me fez sorrir, mas ao mesmo tempo, me deixou triste sabendo que seu irmão parecia ser incapaz de ter tamanha bondade e amor genuíno por qualquer coisa, exceto por sua imagem impecável.

De repente, enquanto eu estava parada na porta, uma das crianças levantou a cabeça de seu desenho intenso e arregalou os olhos, apontando para mim com seu dedinho gordinho. "A Moana está aqui!" ela gritou.

Todas as crianças irromperam em aplausos e me cercaram como pequenas abelhas. Não pude deixar de rir enquanto elas me bombardeavam, e peguei o olhar de Ethan de relance. Ele estava sorrindo para mim, mas quando seus olhos desceram para minha barriga e seu sorriso desapareceu, soube que meu vestido não escondia bem minha gravidez hoje.

No entanto, Ethan parecia guardar seus pensamentos para si mesmo, o que foi um alívio bem-vindo. Passei a tarde ajudando-o com as crianças, e todos nós nos divertimos muito fazendo arte e brincando com argila. Quando finalmente acabou, Sophia nos agradeceu e levou as crianças para jantar, nos deixando sozinhos pela primeira vez naquele dia.

"Há quanto tempo não nos vemos", disse Ethan enquanto arrumávamos a bagunça deixada na sala de recreação.

"Sim", disse, limpando a garganta nervosamente. A última vez que nos vimos foi no nosso jantar. Na época, ele havia perguntado se eu estava grávida brincando. Agora, eu estava claramente grávida. "Eu sei o que você vai perguntar", disse, virando-me para encará-lo com confiança. "Está tudo bem. Pergunte."

O rosto de Ethan ficou vermelho. Ele olhou brevemente para o chão e passou a mão pelo cabelo. "Uh... Você está...?"

"Sim", respondi.

"Então isso significa que... Quando saímos..."

Eu assenti. "Você estava certo naquela noite. Eu simplesmente não estava pronta para admitir. Desculpe por mentir para você."

Ethan balançou a cabeça veementemente. "Não, está tudo bem", disse gentilmente. "É seu direito escolher para quem contar e quando contar. Mas se você não se importa que eu pergunte... É do Edrick?"

Senti meu coração subir à garganta enquanto me perguntava se seria apropriado contar a Ethan. Se Edrick nem estava disposto a contar para sua própria mãe que ele era o pai do meu bebê, então seria realmente meu lugar contar para seu irmão?

As palavras gentis de Ethan trouxeram mais uma lágrima aos meus olhos. Pela primeira vez em um tempo, senti-me reconfortada. Talvez eu pudesse fazer isso sozinha, se precisasse.

"É claro..." ele continuou, interrompendo meus pensamentos, "você sabe que eu sempre amaria ajudar a sustentar essa criança se você precisasse." Sua voz era suave e doce, e quando ele terminou de falar, olhou para o chão. Fiquei tão comovida com sua bondade que, sem pensar ou hesitar, o abracei apertado. Ele ficou tenso por um momento de surpresa, mas depois me abraçou e me segurou com força.

Quando nos afastamos, senti como se um peso enorme tivesse sido tirado dos meus ombros.

"Obrigada, Ethan", disse suavemente. "Você é um amigo muito bom."

Ethan sorriu e apertou meu ombro. "Claro", respondeu. "É para isso que os amigos servem."

Ficamos em silêncio por um momento. Mas então, olhei rapidamente para o relógio e percebi que já estava tarde. Rapidamente juntei minhas coisas; Ethan me ofereceu outra carona para casa, mas Edrick insistiu que eu trouxesse o motorista comigo, então não era necessário - sem mencionar o fato de que não seria bom se eu chegasse ao apartamento com Ethan novamente depois de outra discussão com Edrick. Então, abracei meu amigo e entrei no banco de trás do carro que estava esperando.

Enquanto era levada para casa, olhei pela janela para as luzes da cidade. Elas eram tão coloridas à noite, e depois de um dia inteiro, me sentia imensamente melhor. Um leve sorriso se formou nos cantos dos meus lábios ao olhar para elas. Talvez, se fosse necessário, eu realmente pudesse cuidar desse bebê sozinha.

Enquanto as luzes da cidade passavam, tive outro pensamento: pensei comigo mesma que deveria começar a economizar mais dinheiro para poder tirar meu bebê dessa família sem amor.