A compra 2° livro família Mazzioni romance Capítulo 26

As semanas foram se arrastando, eu já me sentia parte do sofá da casa, um mês se passou não falei com ninguém, não liguei pra ninguém não fui a lugar nenhum, eu apenas existi, meu celular está desligado a muitos dias. Eu lutei tanto para não me afundar eu tentei ser forte e não cair no papo dele, mais um lado meu a parte mais idiota, optou em dar uma chance e olha aí no que deu ? Eu me afundei e não via a margem. Quando completou exato trinta dias por glória divina eu acordei melhor, eu tirei forças da onde eu não tinha pra seguir minha vida, eu não podia ficar ali sendo sustentada pela família dele. Quando me olhei no espelho não estava me reconhecendo eu já tinha a estrutura magra, mas hoje não sei nem explicar em qual nível me encontro acho que desnutrida, as costelas estavam a mostra, sai da frente do espelho, a imagem que eu estava vendo com certeza me faria desistir de tudo e voltar pro sofá. Tomei banho arranquei aqueles apliques da minha cabeça e voltei a usar meu cabelo natural, ele solto conseguia disfarçar minha cara magra, coloquei meu celular na carga, eu tinha que pesquisar algumas coisas... Coloquei uma calça jeans e uma blusa de tecido verde. Quando estava pronta peguei meu celular, várias ligações perdidas, nenhuma ligação dele, agradeci pois eu não iria resistir e retornaria sem pensar duas vezes, mas cheguei a conclusão se ele não ligou é porque não faço falta. Entrei na internet e descobri que próximo do apartamento existe uma agência de empregos, dei uma olhada nas vagas, eu conseguia me candidatar por ali mesmo. Acho que Deus finalmente estava olhando pra filha dele, consegui uma entrevista pra daqui uma hora, em um hotel no centro da cidade. Aproveitei que já estava pronta e sai de casa, iria andando para esclarecer a mente passei em uma praça fiquei sentada olhando o povo se movimentar de um lado para o outro, quando estava quase na hora da entrevista, fui pro hotel. Foi fácil conseguir a vaga de camareira, mostrei meu inglês fluente e o gerente adorou, eu começaria as 18 horas, voltei pra casa já com meu uniforme feliz da vida, se tudo der certo eu vou me mudar daquele apartamento o mais rápido possível. Chegando em casa fui pra cozinha a notícia boa me deixou um pouco mais animada, cozinhei uma sopa pra mim e me acabei de comer, as 17:20 eu já estava com meu novo uniforme para o trabalho.

A semana passou voando, eu trabalhava de seis da noite as seis da manhã, era cansativo, mais eu estava feliz eu limpava os quartos servia quando era preciso. Com meu primeiro salário que não era pouco, consegui pagar as contas da casa, procurei um lugar menor achei uma pensão não era nível do apartamento que eu estava hospedada porém me serviria naquele momento, juntei minhas roupas e me mudei o mais rápido possível, pedi para um taxista, entregar as chaves no hospital pra Liz, junto com uma carta agradecendo por tudo, eu não ia contar onde eu estava não queria que ninguém soubesse mais de mim.

#Henri Mazzioni

Os dias parecem semanas e as semanas parecem meses, eu mergulhei no trabalho, o tempo que eu tinha livre eu jogava minhas energias fora fazendo exercícios, meu corpo estava maior do que o normal, eu conseguia pegar cem kilos fácil, meu tio fez Pedro vim até minha casa e nos contar toda verdade, nem meu pai conseguiu me segurar, a raiva que eu estava era pra matar aquele desgraçado, estava eu meu tio meu pai e ele, nenhum dois dois foram capaz de segurar minha raiva, acertei ele com um soco, a florzinha foi direto pro chão abrindo espaço pra mim invadir, quando terminei meu punho estava carne viva, mais estava melhor que a cara dele.

- Você acabou com a minha vida seu desgraçado.

- Você é um bosta aquela mulher não é pra você ela merece mais.__ Meu pai me levantou e Lorenzzo foi acudir o filho.

- Lorenzzo me desculpa mais eu não podia deixar isso passar em branco, ele faz a merda e vem aqui falar como se nada tivesse acontecido ? Eu não sei onde ela tá agora, deve tá passando fome na rua.

- Ele mereceu, eu não sei o que eu faço com esse moleque .

- Manda pra fora da Itália e não volta nem tão cedo aqui, por que se alguma coisa tiver acontecido com Kera, escreve aí eu irei matar você matar

Eu não sabia mais o que fazer, a noite eu andava pelas ruas de carro pra vê se eu achava ela, e nada meus seguranças passavam o dia atrás dela e nada nem sinal dela, desgraçada onde você foi se meter ? Fiquei pensando onde ela poderia estar, refiz o caminho do hospital, Liz não deixaria ela sair de lá sozinha, conhecendo minha irmã do jeito que eu conheço, peguei meu telefone e liguei pra ela;

- Liz, onde está Kera ?

- Eu não sei Henri, não sei mesmo.

- Liz, você não deixaria ela sair do hospital sozinha pra ir pra rua,onde ela está ? Chega desse esconde esconde.

- Eu, levei ela pro antigo apartamento da vovó.

- Por que você mani me disse antes ?

- Ela me fez jurar.

- Ah, jurar ? Você é irmão de quem ?

- Não interessa Henri o que você fez com a menina não se faz, ela estava precisando de você e você pisou nela como um pedaço de lixo, isso não se faz.

- Eu sei do meu erro, mais não é hora para sermão, vou atrás dela.

- Só que tem um problema.

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